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Resposta a um governador desgovernado

Ontem, o governador Simão Jatene usou do seu poder sobre o jornal O Liberal para publicar ataques à família Barbalho. O texto do governador foi publicado em forma de artigo de opinião. Afinal, não se trata de jornalismo. São meras palavras de um homem des

Ontem, o governador Simão Jatene usou do seu poder sobre o jornal O Liberal para publicar ataques à família Barbalho. O texto do governador foi publicado em forma de artigo de opinião. Afinal, não se trata de jornalismo. São meras palavras de um homem desesperado. Jornalismo é o que o DIÁRIO DO PARÁ faz, ao publicar reportagens mostrando os fatos que tanto incomodam a Jatene. Um desses fatos, aliás - o uso indevido do Cheque Moradia como instrumento para compra de votos na eleição de 2014 -, levou o Tribunal Regional Eleitoral a cassar o seu mandato, deixando o Pará na vergonhosa situação de ser comandado por um governador cassado e inelegível. Lamentavelmente, o uso irregular do Cheque Moradia não é o único problema de Jatene. Para listar os mais graves deles, vale usar trecho do próprio texto de autoria do governador, publicado na edição de ontem de O Liberal.

Em sua carta irada e desesperada, Jatene escreveu: “Nesse quadro, a corrupção deixa de ser pontual e assume toda sua gravidade como endemia, instalada e disponível inclusive para o próprio exercício de um poder que, no imaginário de alguns detentores, é sem regras e limites”. É curioso como Jatene parece estar falando de si próprio. Vamos aos fatos: por todas as ilegalidades que já cometeu, o governador está sendo investigado, pela Polícia Federal, por corrupção, fraude em licitação e desvio de dinheiro público. Pelo famoso Caso Cerpasa - em que é acusado de receber propina -, Jatene é réu em processo que corre no Superior Tribunal de Justiça. Tem mais.

Ele e seu filho, Beto Jatene, também são investigados pelo esquema conhecido como BetoCard, no qual o Governo do Pará abastecia carros da PM no posto de gasolina do filho do governador. Ou seja, era o pai Jatene usando dinheiro público para enriquecer o filho Jatene. Por falar em família, vale destacar outro ponto do texto do governador, em que ele acusa o DIÁRIO de “empreender uma mentirosa e deslavada campanha para denegrir minha imagem e da minha família”. Só faltou Jatene dizer que “mentiras” são essas. Como o próprio Jatene citou sua família, vamos, mais uma vez, aos fatos, tão bem conhecidos por todo o povo paraense. Tão logo assumiu o Governo do Estado, Jatene nomeou a própria filha, Izabela, ao cargo de secretária extraordinária de Integração de Políticas Sociais. Para a função - que até hoje ninguém sabe para que serve -, a filha do governador recebe salário de mais de R$ 21 mil. O fato é tão absurdo, que foi noticiado por veículos de imprensa de todo o Brasil. Como se não bastasse, há o fato - também divulgado em todo o País - do episódio em que Izabela Jatene foi flagrada numa conversa com o subsecretário de Receitas da Secretaria de Estado da Fazenda, Nilo Rendeiro de Noronha, em que ela pede a lista das 300 maiores empresas do Pará. E aí, Izabela diz a frase que assombrou o Estado e o País: “Vamos começar a buscar esse dinheirinho deles, né?”.

Ainda no quesito familiar, há os escândalos envolvendo o filho do governador, Beto Jatene. O primeiro é o já citado BetoCard. No outro, que inclui um esquema de corrupção e propinas no Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), Beto é acusado pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e participação em organização criminosa. Além disso, segundo a polícia, ele embolsou R$ 750 mil na fraude. Por tudo isso, o filho do governador foi preso pela Polícia Federal, no fim do ano passado, num dos maiores escândalos já envolvendo a família de um governador no País. E o que Jatene fez diante de tudo isso? Nada! Para ele, a culpa não é de quem comete os crimes, e sim de quem os divulga. O governador parece agir de acordo com o que ele mesmo escreve em seu texto, quando fala em exercer um “poder que, no imaginário de alguns detentores, é sem regras e limites”. Ocorre que as regras e os limites existem, governador. E devem ser respeitados.

Todos esses são fatos, divulgados em jornais, sites e emissoras de TV de todo o Brasil. Por mais que Jatene queira desviar a atenção do povo paraense, não existe uma “campanha” para denegrir a imagem do governador e da sua família. Para a vergonha do povo paraense, o próprio Jatene e seus filhos já estão fazendo isso muito bem, por conta própria. O que o DIÁRIO tem feito - e vai continuar fazendo - é simplesmente divulgar os fatos que interessam ao Estado do Pará. E não serão ataques de um governador desgovernado que vão mudar isso.

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