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Empresas não cedem e rodoviários prometem greve

Em reunião na tarde desta segunda-feira (24), empresários e trabalhadores do setor rodoviário dos municípios de Belém, Ananindeua e Marituba não chegaram a um acordo sobre reajuste salarial e de outros benefícios, e a possibilidade de uma greve da categor

Em reunião na tarde desta segunda-feira (24), empresários e trabalhadores do setor rodoviário dos municípios de Belém, Ananindeua e Marituba não chegaram a um acordo sobre reajuste salarial e de outros benefícios, e a possibilidade de uma greve da categoria é iminente.

Os rodoviários exigem um reajuste salarial de 10%, e esperavam que os empresários do setor se manifestassem sobre a pedida durante a reunião. Entretanto, segundo o Sindicato dos Rodoviários, não houve nenhuma proposta de aumento salarial por parte das empresas, mas sim de aumento da carga horária de trabalho.

Segundo o sindicato, a única proposta que houve por parte do empresariado, foi a de aumento da jornada de trabalho, que atualmente é de sete horas diárias. As empresas desejam aumentar para oito horas, ou 12 horas diárias, com folga de 36 horas. O Sindicato expressou sua insatisfação com as propostas.

Sem acordo, ambas as partes marcaram uma outra reunião, que acontecerá na próxima quarta-feira (26). A expectativa dos rodoviários é de que haja desta vez uma proposta oficial de reajuste salarial, caso contrário, há possibilidade de paralisação da categoria.

A REUNIÃO

As tratativas sobre as reuniões iniciaram na semana passada, quando os empresários garantiram a realização das negociações. Durante a reunião de hoje, representantes do Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários do Pará e do Sindicato dos Rodoviários de Ananindeua e Marituba, apresentaram suas reivindicações, como o reajuste salarial de 10%, com bases em cálculos e definidas em assembleia geral com os trabalhadores.

Ao longo da história, não só rodoviários, mas a classe trabalhadora em geral, divide sempre suas propostas em três categorias: econômica, sindical e social. Na parte econômica são definidos os reajustes de salário e de tíquete alimentação, na sindical, a garantia dos direitos trabalhistas e na social outros benefícios como auxílio saúde e, no caso dos rodoviários, o seu Centro de Formação.

De acordo com Roberto Sena, supervisor técnico do Dieese no Pará e que assessora o Sindicato dos Rodoviários, com a crise, inflação mais alta e as perdas da classe trabalhadora, os sindicatos aprovaram, em assembleia geral, propostas que não só repõe a inflação do período (que ficará entre 4,5% e 5%), mas também que, de alguma maneira tragam, ganho real. “Essa pedida um pouco acima do índice é uma proteção para o trabalhador contra a inflação, que costuma oscilar muito durante o ano e pode aumentar bastante, prejudicando o poder aquisitivo dos trabalhadores”, explicou o economista.

PRINCIPAIS REIVINDICAÇÕES DOS TRABALHADORES:

- Reajuste salarial: 10%Salário atual do motorista: R$1.733Salário atual do cobrador: R$937

- Tíquete Alimentação: dos atuais R$510 para R$700

- Reajuste nos valores de repasse para a Clínica do Rodoviários (atendimento de saúde)

- Reajuste no repasse para o Centro de Formação do Rodoviários (onde passam por cursos de capacitação e profissionalizantes)

Mudança

Esse ano, além do cenário de crise ainda mais evidente do que em 2016, o ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, suspendeu o dispositivo que assegura a validade das convenções coletivas de trabalho até que outro seja firmado, em contrapartida, se não firmado até a data limite da data-base de cada categoria, todas as cláusulas se perdem, ou seja, direitos já adquiridos pelos trabalhadores seriam perdidos.

Para Altair Brandão, presidente do Sindicato dos Rodoviários do Pará, a decisão enfraquece os sindicatos e os trabalhadores. "Basta que uma empresa se recuse a renovar as cláusulas do acordo coletivo com os sindicatos que os direitos ali contidos deixarão de existir, o que é uma afronta aos trabalhadores”, explicou.

(Com informações do indicato dos Rodoviários do Pará)

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