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Maioria é contra fim de letras controversas

 Blocos de Carnaval do Rio de Janeiro e de São Paulo decidiram deixar de fora do repertório este ano marchinhas com letras incômodas. O repertório passou a ser questionado, com a intenção de evitar canções que possam sugerir alguma forma de preconceito ou

Blocos de Carnaval do Rio de Janeiro e de São Paulo decidiram deixar de fora do repertório este ano marchinhas com letras incômodas. O repertório passou a ser questionado, com a intenção de evitar canções que possam sugerir alguma forma de preconceito ou violência.

Mas ao contrário dos blocos, os internauta do DOL se mostraram contra o fim das músicas com letras controversas. Foi o que mostrou o resultado do DOL Quer Saber. 65.64% dos internautas opinaram ser contra o fim das canções no Carnaval.

Na maioria dos comentários, muita gente classificou a mudança como “frescura”. “Isso é uma droga de frescura, refém do politicamente correto, que só querem privilégios. Qual o próximo passo?”, argumentou Felipe Sousa.

Adriel Thiago também tem opinião semelhante. “Geração lixo que quer problematizar tudo, geração frescurenta, geração que quer ser exemplo pro mundo e não é exemplo nem dentro da própria casa”.

“Se uma letra de música influencia, por que não proibir o funk? Essa sim tem letras com apologia ao cirme, sexo, drogas...tudo que leva a sociedade ao fundo”, acredita o internauta Paulo.

“Agora tudo ofende. Isso é falta do que fazer. Quando eu era criança não existia nada disso, as pessoas se divertiam ,se alegravam, brincavam e não viam preconceito em nada. Agora tudo ofende. Estamos sem liberdade com essas leis absurdas. Estäo transformando o Brasil numa chatice”, argumentou Marlene Oliveira

Já a internauta Marília Costa diz que não é preciso proibir. “Mas é preciso refletir sim esse tipo de música. Se as pessoas não conseguem entender racismo em versos como ‘Mas como a cor não pega mulata, mulata que quero o teu amor’ é preciso discutir isso ainda mais”.

“Não é "mimimi", é a mudança de uma sociedade através de "detalhes" que reforçam discursos opressores sim”, defendeu o internauta Caio sobre a mudança.

“Se não incomoda a maioria de vocês, beleza. Mas se incomoda e tem gente que se sente ofendida com essas músicas porque não ouvir a opinião delas e aceitar?”, justificou a internauta Byanca.

A POLÊMICA

A discussão vem desde o ano passado, quando musicistas alertaram para letras que poderiam ser consideras racistas, misóginas e transfóbicas (que discriminam pessoas trans), reflexo da mobilização de defensores de direitos humanos e de movimentos sociais. Entre elas, tradicionais marchinhas de carnaval, como O Teu Cabelo Não Nega, de Lamartine Babo, citada por Amora, ou Cabeleira do Zezé, de João Roberto Kelly.

Este ano, na abertura do carnaval não oficial, em janeiro, musicistas se recusaram a tocar Mulata Bossa Nova, de Kelly, alegando que a palavra mulata é pejorativa, por se referir à mula, etimologicamente. Na ocasião, elas foram até expulsas da área dos músicos.

"O que está em questão, mais do que a etimologia das palavras, é o papel da mulher no carnaval", disse Ju Storino, percussionista e integrante do Coletivo Feminista Todas por Todas. "A discussão não é nova. Quem não vê problema é quem nunca foi vítima".

(DOL)

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