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Aniversário de Belém: protestos e abandono

A aposentada Maria da Conceição, 71 anos, vive próximo à Ponte do Galo, na avenida Pedro Álvares Cabral. Lá o descarte de lixo doméstico e entulho é constante. Além disso, teme pela insegurança, a falta de saneamento básico e a saúde precária. Ela é uma d

A aposentada Maria da Conceição, 71 anos, vive próximo à Ponte do Galo, na avenida Pedro Álvares Cabral. Lá o descarte de lixo doméstico e entulho é constante. Além disso, teme pela insegurança, a falta de saneamento básico e a saúde precária. Ela é uma das muitas pessoas que acreditam que, mais do que de alegria, os 401 anos de Belém, comemorados ontem, devem ter momentos de reflexão.

Um dos desejos para o aniversário da cidade é que haja mais limpeza. Outro desejo é que as promessas do prefeito Zenaldo Coutinho sejam cumpridas. “No aniversário do ano passado, Zenaldo prometeu que ia reformar o Ver-o-Peso. Cadê?”, indagou, lembrando que no aniversário do ano anterior, Coutinho anunciou um repasse de R$ 25 milhões do Governo do Estado para obras de revitalização.

Cartão postal da cidade, o Ver-o-Peso é também palco do tradicional “Parabéns pra você” cantado para a capital, seguido da distribuição do bolo de aniversário ofertado pelo Sindicato dos Panificadores.

Este ano, porém, o momento foi marcado por protestos contra o Zenaldo, cassado duas vezes por uso da máquina e abuso de poder econômico. Com faixas e cartazes, um grupo de manifestantes gritou palavras de ordem como “Fora Zenaldo” e “Prefeito cassado”.

O tradicional bolo de aniversário de Belém. (Foto: Daniel Costa/Diário do Pará)

PALCO DA FESTA SOFRE COM ESQUECIMENTO

Apesar de ser palco da festa, o Ver-o-Peso não recebe atenção do poder público. O complexo turístico tem uma contribuição econômica de aproximadamente R$ 1,3 milhão por dia e é um dos principais cartões postais do Estado, mas sofre com a sujeira, a insegurança, dentre outros problemas. No ano passado, o Mercado de Peixe chegou a passar 6 meses sem abastecimento de água; no fim de dezembro, a grade de proteção de ferro desabou e até o momento apenas uma grade provisória separa a feira da Baía do Guajará.

“Já presenciei muitos roubos por aqui, a insegurança é total”, relatou a feirante Daniele Campos, 25 anos. O também feirante Edmilson Chagas, 66 anos, disse que precisa alertar os clientes a terem cuidado com roubos. Ele reclama ainda da infraestrutura precária e acredita que apenas uma reforma total poderia melhorar o Ver-o-Peso.

Questionado sobre a reforma do local, o prefeito, cercado de comissionados que o protegiam do contato direto com as demais pessoas, pôs a culpa em “ações políticas”. “Houve, inclusive, um obstáculo dentro do Iphan que procrastinou o projeto e era período eleitoral”, tentou justificar. Zenaldo, contudo, nada falou sobre as críticas ao projeto da Prefeitura, que partiram de arquitetos e dos próprios feirantes, que não foram ouvidos sobre as mudanças propostas. O próprio Iphan apontou que o projeto precisava de adequações.

(Com informações de Alice Martins Moraes/Diário do Pará e DOL)

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