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ALIMENTAÇÃO

Produção de carne aumenta, mas preço afasta consumidores

De acordo com o IBGE, o valor do produto tem apresentado um aumento contínuo desde 2020. Pesquisa do Dieese aponta uma leve queda registrada em Belém, mas com impacto mínimo no bolso do consumidor

Imagem ilustrativa da notícia Produção de carne aumenta, mas preço afasta consumidores camera Expectativa é que as medidas anunciadas pela Petrobras ajudem na queda de preços da carne | Wagner Santana

Conforme o relatório produzido pela Consultoria Agro, do Banco Itaú BBA, o consumo de carne bovina atingiu sua menor taxa desde 2004, com apenas 24,2 quilos por habitante em 2022, marcando o quarto ano consecutivo de queda. O documento aponta a alta dos preços do alimento como uma das principais razões para esse comportamento dos consumidores em relação ao produto.

Mas mesmo com um aumento de 6,5% na produção de carne bovina no ano passado, a taxa não refletiu em preços mais baixos ao consumidor. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o preço da carne tem apresentado um aumento contínuo desde 2020. No referido ano, o valor médio subiu 18%, impulsionado pela crescente demanda da China.

Em Belém, de acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos no Pará (Dieese/PA), houve uma leve diminuição nos preços do produto, no entanto, especialistas consideram essa redução insuficiente. Ao comparar os meses de março e abril, a queda foi de apenas 1,38%, enquanto nos últimos 12 meses a diminuição foi de apenas 2,10%.

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Para o supervisor técnico do Dieese/PA, Everson Costa, essa redução percentual apresentou um impacto mínimo no custo da cesta básica dos paraenses. “A carne faz parte do conjunto de itens que integram a alimentação das pessoas e compromete mais da metade da renda do trabalhador, que hoje está calculada em R$ 1.320 por mês”, afirma Costa.

“Na nossa percepção, essa diminuição não estimula um aumento no consumo de carne. Para se ter uma ideia, em abril de 2023, o quilo de carne de primeira, que inclui cortes como a paulista, cabeça de lombo e chã, teve um preço médio de R$ 38,61, enquanto em março era R$ 38,68, ou seja, uma diferença de apenas R$ 0,07 centavos, o que não causa impacto algum”, completa Everson.

Próximos dias

Após a implementação da nova política de preços pela Petrobras na última quarta-feira, 18, que prevê a queda nos preços do diesel, a expectativa é que haja uma diminuição considerável no que é cobrado dos alimentos nos próximos dias, destaca o Dieese/PA. A especulação está no equilíbrio e na possível redução dos custos relacionados aos produtos, bens e serviços que circulam no país.

O gerente do West Boi, Gerson Pinto, 40, conta que nos últimos dias sentiu os preços até mais em conta nos frigoríficos. “A informação que nós que trabalhamos na área é que a exportação de carne deu uma desacelerada, desta forma nós passamos a ter um estoque mais robusto do produto, o que resulta em peças mais em conta e de qualidade para os nossos clientes”, explica.

Localizado no bairro da Pedreira, o açougue do Gerson apresenta movimentação constante de clientes. “O paraense ama comer carne e no final de semana o churrasco é a programação preferida. Claro que o fluxo mais intenso é pela manhã, mas confesso que não senti uma baixa na quantidade de vendas e espero que fique assim”, disse.

Estratégia

Uma das estratégias adotadas por David Leal para baratear ainda mais a aquisição e garantir a carne todos os dias é adquirir em grande quantidade. “Para mim, que sou empresário no ramo de alimentação e compro carne quase todos os dias, tenho percebido um precinho mais camarada, mas claro, é preciso sempre buscar ferramentas para conseguir um desconto a mais”, sugere o empresário de 36 anos.

Preços

O DIÁRIO realizou uma pesquisa em açougues e analisou os principais cortes vendidos na cidade, dos mais caros, como é o caso do quilo da picanha que está sendo oferecida a um preço médio de R$ 54,99 e da alcatra R$ 38,99. Entram na lista das carnes mais em conta a costela e o picadinho de segunda, ambos com preço de R$ 13,99, além da agulha com osso no valor de R$ 17,49 o quilo. Confira ao lado.

CORTES PREÇOS POR QUILO

Costela R$ 13,99

Picadinho de Segunda R$ 13,99

Agulha com Osso R$ 17,49

Peito Bovino R$ 17,99

Ossobuco R$ 19,99

Picadinho de Primeira R$ 23,99

Bisteca R$ 26,99

Acém R$ 27,99

Paulista R$ 29,99

Cabeça de Lombo R$ 33,99

Alcatra R$ 38,99

Picanha R$ 54,99

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