O governo da Venezuela anunciou nesta sexta (10) a reabertura da fronteira do país com o Brasil, fechada unilateralmente há mais de três meses.
Além da permissão para passagem de pessoas na fronteira brasileira, a medida também autoriza o trânsito aéreo e marítimo com a ilha de Aruba, já a partir desta sexta-feira.
O anúncio foi feito pelo vice-presidente econômico Tareck El Aissami em um discurso transmitido pela TV estatal (veja abaixo). De acordo com Tareck, no momento, Caracas não prevê ainda a reabertura das fronteiras com a Colômbia e as ilhas de Curaçao e Bonaire. A divergência com o país colombiano é muito mais profunda do que com o Brasil.
#ENVIVO | El vicepresidente sectorial de economía de Venezuela, Tarek El Aissami, ofrece declaraciones sobre acciones injerencistas contra el país https://t.co/tqMKHf3oMu pic.twitter.com/VN8peiGm8I
— teleSUR TV (@teleSURtv) 10 de maio de 2019
Guerra Fria na Venezuela
A crise política no país venezuelano atingiu este ano seu ápice quando o presidente do parlamento, Juan Guaidó, autodeclarou-se presidente do país. A medida, que foi incentivada pelo governo dos EUA, foi duramente combatida pelo presidente eleito Nicolás Maduro, que passou a tomar medidas ainda mais radicais, como o próprio fechamento da fronteira com o Brasil.
A Venezuela, que é o segundo maior produtor de petróleo do mundo, sofre com o desabastecimento de itens básicos em todas as áreas, o que é um claro sinal de estrangulamento econômico promovido pelas forças ocidentais. O presidente do EUA, Donald Trump, chegou a declarar que, caso Maduro não cedesse o poder a Guaidó, uma ação militar já estaria preparada. A posição ligou o sinal de alerta em Maduro e seus aliados, entre eles a Rússia de Wladimir Putín. Os russos enviaram ajuda humanitária e tropas ao país, num claro sinal de que interviria caso a Venezuela fosse atacada. O episódio lembrou alguns conflitos do período da Guerra Fria, em que EUA e a antiga União Soviética rivalizavam pelo domínio do planeta.
(DOL)
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