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Venezuela pode suspender repasse de energia elétrica a Roraima

A estatal energética venezuelana Corpolec, que fornece energia elétrica para Roraima, ameaça suspender o fornecimento para o estado por causa de uma dívida da Eletronorte. Roraima é a única unidade da federação que não está interligada ao sistema elétrico

A estatal energética venezuelana Corpolec, que fornece energia elétrica para Roraima, ameaça suspender o fornecimento para o estado por causa de uma dívida da Eletronorte. Roraima é a única unidade da federação que não está interligada ao sistema elétrico nacional, e depende do país vizinho para garantir o abastecimento energético.

A Eletronorte reconhece que tem uma dívida de US$ 30 milhões com a estatal venezuelana, mas diz que o débito não resulta de falta de dinheiro em caixa para pagar a Corpoelec, e sim de “dificuldades operacionais” para transferir os US$ 4 milhões mensais atualmente pagos pelo fornecimento de energia – serviço que vem sendo prestado regularmente desde 2001.

Ainda de acordo com a Eletronorte, as dificuldades de transferência de dólares para o país vizinho por meio do banco em que a Corpoelec tem conta começou após o governo dos Estados Unidos impor uma série de medidas restritivas contra a Venezuela, seu presidente, Nicolás Maduro, e altos funcionários do governo.

FORNECIMENTO POR TERMELÉTRICAS

O Ministério de Minas e Energia confirmou que a Eletronorte tem enfrentado dificuldades para remeter os pagamentos à Corpoelec e garantiu que o governo federal está empenhado em buscar uma solução institucional para o problema. Na última terça-feira (28), o tema foi tratado em uma reunião ministerial no Palácio do Planalto.

O ministério minimizou o potencial de prejuízo para a população de Roraima caso o fornecimento seja temporariamente suspenso, pois a demanda seria suprida por usinas termelétrica acionadas em casos emergenciais.

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) reitera que as usinas termelétricas de Roraima estão preparadas para suprir eventual falha no fornecimento de energia elétrica pela Venezuela, mas isso irá encarecer os custos e pode ocasionar uma alta no preço da conta de luz de todos os brasileiros.

“As termelétricas têm um custo de operação mais elevado e, portanto, trazem custo adicional para a operação do sistema. Esse custo eventual é recuperado no âmbito da Conta de Desenvolvimento Energético, portanto, é custeado por todos os consumidores do Sistema Interligado Nacional”, informou a Aneel à Agência Brasil.

Para o chefe da Casa Civil do governo de Roraima, Frederico Linhares, além de encarecer a conta de luz, contar com o aporte das termelétricas não é a solução adequada. “O parque térmico não é suficiente para suprir a demanda do estado, que já sofre com a falta de energia elétrica quase que diariamente e paga uma das tarifas mais caras do país. Precisamos de uma solução rápida para este problema com a Venezuela e acredito que o governo federal tem os instrumentos necessários para, em conjunto com as autoridades venezuelanas, buscar uma alternativa a qualquer problema operacional”, argumentou Linhares.

PEDIDO DE INFORMAÇÕES

Segundo Linhares, o governo estadual ainda não recebeu informações oficiais a respeito da situação. “No ofício que enviamos na segunda-feira [27], pedimos respostas em um prazo de 48 horas. Mesmo assim, até o momento, não recebemos nenhuma informação”, disse Linhares, sobre os questionamentos feitos a órgãos federais como o Ministério de Minas e Energia, Casa Civil, Itamaraty e Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), além do Banco Central e das empresas Eletrobras e a sua subsidiária, a Eletronorte.

De acordo com o chefe da Casa Civil, representantes do governo estadual têm conversado com autoridades venezuelanas e com diretores da Corpoelec. “É um contato extraoficial, facilitado pelo fato de sermos um estado fronteiriço que tem relações comerciais diretas com o país vizinho, mas eles nos dizem muito pouco. Nem sequer confirmam se de fato há uma ameaça de suspender o fornecimento para Roraima”, acrescentou Linhares, criticando a falta de informações que permitam ao governo estadual tranquilizar a população.

(Agência Brasil)

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