Um policial foi morto e outros dois foram feridos em Paris nesta quinta-feira (20) por um atirador. O grupo jihadista Estado Islâmico (EI) reivindicou a autoria do ataque horas depois.
O atirador morreu, atingido pela polícia. O atentado ocorre a apenas três dias do primeiro turno das eleições presidencias francesas neste domingo (23).
Um porta-voz do Ministério do Interior disse estar claro que os policiais foram escolhidos como alvo de maneira deliberada.
Testemunhas afirmam que um carro aproximou-se dos policiais em um semáforo vermelho em Champs-Elysées, uma das áreas icônicas da capital. Um homem desceu do veículo e disparou com uma arma automática.
As autoridades isolaram o local e pediram que o público evitasse os arredores. Helicópteros sobrevoavam a cidade durante a operação.
Um grande contingente policial, fortemente armado, foi deslocado para a área, segundo agências de notícias.
O primeiro-ministro francês, Bernard Cazeneuve, dirigiu-se ao Palácio do Eliseu para se reunir com o presidente François Hollande.
ELEIÇÕES
O tiroteio coincidiu com o último debate entre os candidatos à presidência.
Caso o ataque tenha sido de autoria de uma organização terrorista islâmica, como o Estado Islâmico ou a Al Qaeda, o cenário favorece a candidata da extrema direita, Marine Le Pen, que tem um discurso baseado na aversão ao islã e aos migrantes.
Há uma disputa acirrada neste primeiro turno entre quatro candidatos. O independentista Emmanuel Macron lidera com 24,5% dos votos, seguido por Le Pen, com 21%, segundo uma sondagem desta quinta-feira.
O conservador François Fillon tem 20%, e o esquerdista Jean-Luc Mélenchon, 19%. A margem de erro é de 2,5 pontos percentuais.
O incidente desta quinta-feira é agravado pelo fato de que o governo francês havia frustrado uma tentativa de atentado na terça-feira (18), ao deter dois homens em Marselha, na costa sul.
Uma arma automática e três quilos de material explosivo foram encontrados em um apartamento na cidade, segundo a Promotoria.
Os candidatos foram alertados pelas autoridades e aumentaram a segurança em seus eventos de campanha.
A reportagem encontrou diversas barreiras policiais, por exemplo, para comparecer ao comício de Le Pen em Marselha na quarta.
A França está em estado de emergência desde 2015, após uma série de atentados terroristas. Uma das ações especialmente traumáticas deixou 130 mortos em novembro de 2015 em Paris.(Folhapress)
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