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Tradicional x eletrônico: qual o melhor brinquedo para dar ao seu filho no Natal?

Não é difícil encontrar crianças e até bebês, usando tablets, mexendo ao celular, jogando videogames ou assistindo vídeos na televisão. Os brinquedos eletrônicos estão entre os pedidos preferidos da criançada como presente no dia do Natal. BABY DOL: Di

Não é difícil encontrar crianças e até bebês, usando tablets, mexendo ao celular, jogando videogames ou assistindo vídeos na televisão. Os brinquedos eletrônicos estão entre os pedidos preferidos da criançada como presente no dia do Natal.

Para Francislaine Flamia, especialista em neuropsicologia aplicada a neuropsicolgia infantil e mestre em educação, atualmente é impossível não atrelar a tecnologia ao desenvolvimento da criança.

“É mais do que certo que todos nós, inclusive as crianças, precisam entender esse mundo tecnológico, mas, é necessário cautela. É importante se atentar a faixa etária de cada criança e ao tempo que passará em equipamentos eletrônicos”, explica.

A psicóloga destaca ainda, que o excesso de horas nos brinquedos eletrônicos podem trazer consequências negativas para a vida das crianças.

“Pode haver uma dificuldade na separação entre o real e o virtual e no relacionamento social. Por outro lado, temos os brinquedos tradicionais, principalmente os jogos, que trabalham regras, limites e se dá na relação com o outro. Os jogos eletrônicos também tem seus pontos positivos como a estimulação cognitiva. A principal questão é saber dosar de acordo com cada faixa etária”, recomenda.

Psicóloga explica o que os pais devem levar em consideração na hora de escolher o brinquedo. (Foto: Arquivo Pessoal)

Uma pesquisa realizada pelo Comitê Gestor da Internet revelou que o celular superou os computadores e é o aparelho mais usado por crianças para acessar a internet. Mas, até que ponto é saudável o seu filho, que nem aprendeu a ler, sabe desbloquear um smarthphone e entrar no joguinho no tablet? Ou não desgrudar os olhos da TV e de vídeos?

“As crianças atuais nasceram na geração Z, ligada à expansão da internet e dos aparelhos tecnológicos. Tais crianças são conhecidas como “nativas digitais”, estando sempre conectadas, vivendo um mundo sem fronteiras. Os brinquedos atuais como tablet, celular, notebook configuram a geração Z. Esse excesso de informação na palma da mão também tem seus riscos, sendo o principal a inabilidade dessa geração com a interação social”, alerta a especialista.

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Como escolher o melhor presente para o seu filho? Para a psicóloga, a melhor escolha são por brinquedos que estimulem a imaginação, a fantasia infantil e que possam não apenas estimular o desenvolvimento neurológico da criança, como também o emocional e social.

“Isso não significa que apenas os brinquedos de custo elevado sejam os ideias. Os brinquedos de baixo custo, aqueles que ultrapassam as gerações, podem fornecer os estímulos necessários para um desenvolvimento satisfatório”, garante.

Francislaine Flamia destaca que a tecnologia deve ser usada com moderação, sendo necessário equilíbrio entre as atividades. “Crianças de 0 a 5 anos não é indicado o uso de eletrônicos. Dos 6 aos 12 anos com moderação e acompanhada dos pais. Essa fase é primordial para a identificação do “eu” e a criança precisa construir isso a partir de experiências com o mundo externo, sem que a internet seja sua única referência”, explica.

A especialista ressalta que os jogos atrativos e o envolvimento dos pais nas brincadeiras podem ajudar na substituição do celular e eletrônicos na infância. “Para as crianças não há brincadeira mais divertida do que aquelas que envolvem outras crianças ou seus pais. Devido a correria do dia a dia, muitos pais encontram como fuga os aparelhos eletrônicos. Em contrapartida, o nível atrativo dos eletrônicos, é tanto que faz com que as crianças permaneçam vidradas nesses aparelhos”, destaca.

A psicóloga recomenda a necessidade dos pais estipularem regras em casa, em conjunto com a criança. “Estabelecer os horários permitidos para brincadeiras e uso de eletrônicos, assim como, as demais rotinas da casa. Portanto, é necessário estimular que os filhos brinquem aquelas brincadeiras que também lhes faziam feliz na infância e tragam ensinamentos aos filhos. Assim será mais prazeroso”.

Brincadeira fora de casa e em família

A psicóloga destaca que o brinquedo é fundamental no desenvolvimento social, emocional e cognitivo da criança. Segundo ela, é por meio do brincar que a criança entra em contato com a realidade, entende os papéis sociais, desenvolve comportamentos esperados para o convívio social.

“Por meio do brincar que a criança encara seus medos, angústias, agressividade, vive suas primeiras frustrações, desenvolve o raciocínio, atenção, imaginação, criatividade, cooperação, comunicação, todos primordiais ao desenvolvimento da personalidade”, explica.

A especialista ressalta ainda, que o mais importante não é o brinquedo ou seu custo, mas a estimulação que ele vai oferecer a criança. “Os pais podem fazer suas escolhas. Existem uma gama de brinquedos específicos para o gosto de cada criança e ideais para cada faixa etária. O importante é que independente se os jogos são eletrônicos ou tradicionais, os pais estejam sempre participando ativamente dessa etapa tão significativa na vida dos seus filhos”, recomenda.

Girlane Lourenço, mãe de Davi Henrique, de 1 ano e 2 meses, explica que optou pelo brinquedo tradicional para dar de presente ao filho no Natal. “Optamos pelo brinquedo educativo, de encaixes, com cores e formas, pois acreditamos que ao brincar, ele vai se divertindo e aprendendo ao mesmo tempo, principalmente na fase que ele se encontra e, com certeza, vai ajudar a desenvolver a coordenação motora”, justifica.

Girlane e o filho Davi brincando juntos. (Foto: Arquivo Pessoal)

Segundo a mãe, na última festa de aniversário, o filho ganhou vários brinquedos educativos de encaixe. Além de ter caído no gosto da criança, também uniu a família na brincadeira.

“Percebemos que ele aceitou muito bem esse tipo de brinquedo e que a experiência foi boa ao brincar. Nesse Natal não vamos fugir do nosso foco, que será os brinquedos educativos, com certeza”, garante Girlane.

Brincadeira em família é a palavra de ordem na casa de Girlane. (Foto: Arquivo Pessoal)

Brincar é um direito garantido pela ONU

Brincar é essencial, um direito garantido por lei e preconizado pela ONU desde 1959. A Declaração Universal dos Direitos da Criança, aprovada na Assembleia Geral das Nações Unidas em 1959 e fortalecida pela Convenção dos Direitos da Criança de 1989, enfatiza: “Toda criança terá direito a brincar e a divertir-se, cabendo à sociedade e às autoridades públicas garantirem a ela o exercício pleno desse direito.”

E você, internauta, o que vai levar em considerção na hora da escolha do presente para o seu filho?

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Reportagem: Andressa Ferreira/DOL

Multimídia: Gabriel Caldas/DOL

Coordenação: Enderson Oliveira/DOL

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