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Obesidade infantil coloca pais em alerta: conheça os principais vilões e saiba como evitar

A obesidade infantil é um dos problemas de saúde pública mais graves do século XXI. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a expectativa é de que há 75 milhões de crianças obesas e com sobrepeso no mundo até 2025. BABY DOL: Diário Online lança m

A obesidade infantil é um dos problemas de saúde pública mais graves do século XXI. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a expectativa é de que há 75 milhões de crianças obesas e com sobrepeso no mundo até 2025.

A obesidade infantil é definida pela OMS como um acúmulo anormal ou excessivo de gordura corporal, que pode causar prejuízos e afetar negativamente à saúde ou bem estar de uma criança, além de ser apontada como um gatilho para o desencadeamento de doenças como hipertensão, diabetes, colesterol elevado, dentre outras.

A taxa de obesidade vem crescendo a cada dia em decorrência do resultado da má alimentação e da falta de exercícios físicos. Para a nutricionista e mestre em ensino em saúde, Michele Melo, é fundamental que pais e responsáveis ajudem as crianças a evitar esse mal.

“É importante que os pais tenham o hábito de levar seus filhos ao médico e ao nutricionista para verificar o estado de saúde e assim acompanhar o crescimento. Atualmente, nós nutricionistas fazemos uma avaliação nutricional de acordo com as curvas de crescimento do Ministério da Saúde, para acompanhar o ganho de peso e estatura da criança e verificar se este ganho está ocorrendo de forma saudável e esperada para a faixa etária da criança. Além de realizarmos uma anamnese bem detalhada sobre os hábitos alimentares da família, em especial da criança. Este acompanhamento é importante, pois as crianças passam por rápidas alterações corporais decorrentes do seu crescimento, por isso é importante ficar atento e monitorar seu crescimento”, destaca.

Nutricionista e Mestre em Ensino em Saúde, Michele Melo. (Foto: Arquivo Pessoal)

A nutricionista explica que a obesidade na infância pode ter diversas causas e geralmente ocorre a combinação de fatores como alimentação da mãe durante a gestação, desmame precoce, introdução alimentar inadequada, falta de exercícios, obesidade dos pais, problemas genéticos ou distúrbios hormonais.

“O comportamento alimentar da criança deve ser observado com atenção pelos pais. Buscar observar se a criança não está consumindo alimentos em excesso, atentar para a qualidade dos alimentos consumidos e disponíveis em casa, ter cuidado com os horários em que a criança come são alguns sinais que os pais devem observar. Além de atentar para o sedentarismo, que é muito facilitado hoje pelos avanços tecnológicos (tablet, celular, televisão, vídeo game e etc) e para a presença de algum problema psicológico, como a ansiedade por exemplo”, ressalta.

AUMENTO DE CRIANÇAS OBESAS

No Brasil, a estimativa do Ministério da Saúde é de que 33% das crianças entre 5 a 9 anos estejam acima do peso. De acordo com a nutricionista, a obesidade traz complicações sérias como hipertensão, colesterol alto, diabete, alergias, problemas articulares, alterações respiratórias, alterações estéticas e ainda ocasionar traumas psicológicos por apelidos, problemas de autoestima e transtornos alimentares, como anorexia e bulimia.

“A maior preocupação do crescimento da população infantil obesa é o aumento das comorbidades (existência de duas ou mais doenças) e problemas de saúde na vida adulta, que pode afetar a qualidade de vida e outros danos, principalmente no âmbito psicológico e social, como por exemplo, o comprometimento da autoestima, problemas de relacionamento e dificuldade de inclusão social”, explica.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, estima-se que 41 milhões de crianças menores de cinco anos sejam obesas ou estejam acima do peso. No Brasil, cerca de 20% dos pequenos estão nessas condições.

Para a mestre em ensino em saúde, o principal motivo tem sido o estilo de vida das pessoas. Segundo ela, hoje, além das famílias não se reunirem mais para realizar suas refeições juntas, há um consumo excessivo de alimentos altamente calóricos, ausência de atividade física, utilização demasiada de aparelhos eletrônicos, facilidade no acesso e disponibilidade de alimentos processados e ultraprocessados, marketing exacerbado com campanhas publicitárias para o consumo de alimentos como fast food e prontos para o consumo.

“A família deve ser protagonista no combate a obesidade infantil, é ela quem fornece amplo campo de aprendizagem à criança. Os pais e outros membros familiares estabelecem um ambiente partilhado em que o convívio pode ser propício à alimentação excessiva e/ou a um estilo de vida sedentário, tudo vai depender como é o estilo de vida da família. Pais que comem demais, muito rapidamente ou ignoram os sinais internos de saciedade oferecem um pobre exemplo aos seus filhos. Por outro lado, os pais podem promover opções alimentares nutritivas, por meio de seleções alimentares sadias, de uma dieta saudável e a prática regular de atividade física. Embora a família seja um importante determinante na formação dos hábitos alimentares não se pode deixar de mencionar que outros fatores, como a escola, a rede social, as condições socioeconômicas e culturais, são potencialmente modificáveis e influenciam no processo de construção dos hábitos alimentares da criança e, consequentemente, do indivíduo adulto”, destaca.

OS VILÕES DAS CRIANÇAS

O lanche diário das crianças pode esconder vilões nocivos à saúde alimentar. Para a nutricionista, não só os ‘fast foods’, mas as comidas prontas e congeladas, alimentos processados e ultraprocessados, refrigerantes e doces não devem fazer parte da alimentação das crianças, pois além de fornecerem calorias vazias, excesso de gordura saturadas e trans, açúcares simples e sódio em excesso, também contém conservantes e corantes que podem desencadear quadros de alergias.

“Devido à falta de tempo dos pais e praticidade buscada por eles, geralmente alimentos como biscoitos recheados, refrigerantes, salgadinhos, suco de caixinha, bolos industrializados, barrinhas de cereais, achocolatados, pães com embutidos, salgados fritos estão na alimentação. Por isso, ao montar a lancheira do filho ou supervisionar o cardápio da escola, os pais devem dar preferência aos os alimentos in natura (como as frutas e legumes) e as preparações caseiras, além de não ficarem reféns de produtos industrializados, e, quando utilizarem, ficarem atentos a sua composição, preferindo os de formulações mais simples possível. Por exemplo, se comprar suco de fruta industrializado prefira o ‘sem adição de açúcares, conservantes, corantes e aromatizantes’”, orienta.

A nutricionista recomenda ainda, envolver as crianças nas decisões da família sobre a comida, seja convidando para ir ao supermercado ou ajudando em alguma receita em casa, dando a criança o direito de escolher alguns alimentos para as refeições do dia.

“Essas podem ser algumas estratégias para fazer com que a criança se interesse mais na hora de comer. É ainda muito importante que a alimentação seja atraente, as refeições coloridas e saudáveis, que se varie as receitas e capriche na apresentação dos pratos a serem servidos à elas, pois as crianças sentem muita atração por pratos novos, julgando-os pela cor, pelo odor e pelo aspecto. Podem ser escolhidos lanches ou receitas simples e elas podem auxiliar no preparo”, aconselha.

Uma dieta balanceada e saudável é essencial para o bem-estar em todas as fases da vida. Durante a infância, quando o organismo está crescendo e se desenvolvendo, a alimentação tem um papel ainda mais importante.

A especialista alerta que a criança deve ter uma alimentação com frutas, legumes, verduras, cereais variados e de preferência integrais, além de proteínas, em especial, as encontradas em carnes mais magras, como a de frango e peixes, e nas leguminosas, como o feijão, já que uma dieta monótona pode levar a deficiência de algumas vitaminas.

“Cada alimento terá seu papel no crescimento e desenvolvimento infantil, por isso é importante que a dieta contenha os diferentes grupos de alimentos. Alimentos in natura e minimamente processados devem fazer parte e estar em maiores quantidades na rotina alimentar da criança. É essencial que a dieta da criança seja restrita em alimentos processados e ultraprocessados, tais como biscoitos recheados, refrigerantes, salgadinhos, suco de caixinha, bolos industrializados, barrinhas de cereais, achocolatados, pães com embutidos, salgados fritos, carnes gordas, frituras e outros”, pontua.

Lanches saudáveis: Inspire-se!

Reportagem: Andressa Ferreira/DOL

Coordenação: Ronald Sales/ DOL

Multimídia: Gabriel Caldas/DOL

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