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Calouras são coagidas a dizer que não recusarão sexo durante trote em universidade

Ajoelhadas, estudantes de medicina prestaram um juramento nesta segunda-feira (4): "Nunca entregar meu corpo a nenhum invejoso, burro, brocha, filho da puta da odonto ou da Facef". O "juramento" fez parte de um trote aplicado por veteranos do curso de

Ajoelhadas, estudantes de medicina prestaram um juramento nesta segunda-feira (4): "Nunca entregar meu corpo a nenhum invejoso, burro, brocha, filho da puta da odonto ou da Facef".

O "juramento" fez parte de um trote aplicado por veteranos do curso de medicina da Unifran (Universidade de Franca), em Franca (a 400 km de São Paulo), e gerou protestos de grupos feministas, de outros cursos citados e da própria instituição de ensino. Alunos envolvidos podem ser punidos -de uma simples advertência até a expulsão.

Em outros trechos do juramento, as calouras afirmam se submeter "à vontade dos veteranos" e juram "solenemente nunca recusar uma tentativa de coito de um veterano". Em meio ao vídeo, é possível ouvir risadas de participantes do ato.

A ação também provocou críticas de grupos como o Conselho Municipal da Condição Feminina de Franca e de outras associações estudantis, como a própria Atlética da Medicina da Unifran.

"Situações como essa precisam ser vistas, e a gente precisa trabalhar de alguma forma. No nosso caso, [a iniciativa] foi pedir providências da própria universidade", afirmou a presidente do conselho, Ana Krauss.

Em nota de repúdio, o conselho afirma que os estudantes "se aproveitam do fato de que jovens universitárias, em momento de festa e descontração, se sujeitem a situações deploráveis como essa".

"Esse grupo de estudantes envergonha nossa cidade e, claramente, essa universidade de tanto prestígio [...] Essa cultura machista que enfrentamos não pode ser considerada uma brincadeira, como foi vista por alguns alunos, mas sim uma violência. Um trote no qual as meninas tenham que fazer coisas humilhantes e que as coloca como objeto sexual é inaceitável, principalmente se pensarmos que os atores de tal ação podem ser nossos futuros médicos", diz trecho do comunicado.

Já a Atlética da Uni-Facef, citada no "juramento", postou mensagem em redes sociais dizendo repudiar "todo e qualquer ato de caráter opressor, racista, machista, misógino e homofóbico".

Também citada, a odonto da própria Unifran afirmou que o respeito é um dos princípios que norteiam uma pessoa e que ele se adquire "com educação, que vem de berço". "Infelizmente não são todos que têm esse privilégio", diz a associação.

REFORMULAR

Com a repercussão do caso, a associação atlética acadêmica do curso de medicina da Unifran informou condenar atitudes discriminatórias e que medidas serão tomadas. "O juramento feito no trote acabou por gerar uma repercussão muito grande, e com razão. Reconhecemos o cunho ofensivo do discurso feito, o qual não possui autoria das entidades estudantis."

A associação disse ainda que se propõe a "reformular o juramento". "Pedimos desculpas a todos que se sentiram ofendidos, em especial a odonto Unifran e Facef pelos comentários infelizes."

Por meio de um comunicado, a universidade informou repudiar "quaisquer atos que incitem preconceito, homofobia, machismo, discriminação, constrangimento ou equivalentes, praticados por membros da comunidade universitária, em particular aqueles relacionados aos chamados trotes aplicados aos novos estudantes".

"É com esse espírito que a instituição se manifesta veementemente contrária ao ocorrido no último dia 4 de fevereiro. Atitudes como essa não constituem somente atos de preconceito, mas um ataque à própria Universidade, uma violência à sua tradição e missão, motivo pelo qual os responsáveis pelos atos estão sendo identificados e serão penalizados", diz trecho de comunicado da universidade.

As penalidades, previstas no regimento geral da Unifran, podem ser de advertência até a expulsão.

(Folhapress)

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