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Pedro Parente pede demissão da presidência da Petrobras

Pressionado pela defesa da política de preços dos combustíveis implantada em sua gestão, o presidente da Petrobras, Pedro Parente, pediu demissão na manhã desta sexta (1). A decisão foi comunicada aso mercado enquanto o executivo estava reunido com o pres

Pressionado pela defesa da política de preços dos combustíveis implantada em sua gestão, o presidente da Petrobras, Pedro Parente, pediu demissão na manhã desta sexta (1). A decisão foi comunicada aso mercado enquanto o executivo estava reunido com o presidente Michel Temer, em Brasília.
Implantada em outubro de 2016 e revista em julho de 2017, a política de preços dos combustíveis entrou no centro do debate econômico após o início da greve dos caminhoneiros, recebendo críticas tanto da oposição quanto da base do governo.
"Diante desse quadro, fica claro que a minha permanência na presidência da Petrobras deixou de ser positiva e de contribuir para a construção das alternativas que o governo tem pela frente", afirmou o executivo, em carta enviada a Temer nesta sexta.
Na quinta (31), Parente havia se reunido em São Paulo com o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia.
Em fato relevante, a Petrobras informou que um presidente interino será escolhido pelo conselho de administração da companhia nesta sexta. Disse ainda que não haverá mudanças na diretoria. As ações da Petrobras negociadas em Nova York despencaram: às 11h54, a queda era de 11,55%.
Parente assumiu a presidência da Petrobras em junho de 2016, em substituição a Aldemir Bendine, hoje preso pela Operação Lava Jato. Ao chegar à empresa, disse que recebeu garantias de Temer de que a Petrobras praticaria preços de mercado e não sofreria interferência política.
Em julho de 2017, autorizou a realização de ajustes diários nos preços, alegando que precisava combater importações de derivados de petróleo por terceiros. A partir do início de 2018, porém, a escalada das cotações internacionais do petróleo e a desvalorização do real pressionaram os preços internos dos combustíveis.
Nas últimas semanas, sua política de preços esteve no centro do debate, com críticas partindo inclusive da base aliada do governo.
Com a disparada dos preços, a política da estatal ficou sob duras críticas e foi apontada como justificativa para a greve dos caminhoneiros que parou o país nas últimas duas semanas.
"A greve dos caminhoneiros e suas graves consequências para a vida do país desencadearam um intenso e por vezes emocional debate sobre as origens dessa crise e colocaram a política de preços da Petrobras sob intenso questionamento", escreveu Parente.
Nos últimos dias, Parente se dedicou a defender as mudanças na política de preços e na gestão da área de refino da estatal. Promoveu duas teleconferências com analistas e gravou vídeos para convencer os empregados que a política é melhor para a empresa.
"Poucos conseguem enxergar que ela [a crise] reflete choques que alcançaram a economia global, com seus efeitos no país", continuou. "Movimentos na cotação do petróleo e do câmbio elevaram os preços dos derivados, magnificaram as distorções de tributação no setor e levaram o governo a buscar alternativas para a solução da greve, definindo-se pela concessão de subvenção ao consumidor de diesel."
Para tentar aliviar a pressão grevista, a Petrobras anunciou no dia 24 a redução de 10% no preço do diesel em suas refinarias, com congelamento por 15 dias, medida que gerou em investidores temor de retorno da ingerência estatal. Parente disse que havia sido uma decisão interna, pensando no melhor resultado da companhia.
Nos dias seguintes, porém, o governo ampliou o corte de preço e o prazo para o congelamento. Nesta quinta (31), anunciou que os subsídios serão bancados com cortes de gastos em áreas como saúde e segurança.
As ações da Petrobras estão em leilão -quando chega um fato relevante de empresa, ou seja, um comunicado da companhia ao mercado, é normal as negociações dos papéis daquela empresa serem suspensas por 20 minutos. As ADRs (recibos de ações negociadas nos EUA) caiam mais de 10% às 12h (horário de Brasília).
REAÇÃO DOS MINISTROS Os ministros da Casa Civil, Eliseu Padilha, e da Secretaria de Governo, Carlos Marun, se negaram a comentar nesta sexta-feira (1º) a demissão do presidente da Petrobras. "Não temos poder autoridade pra tratar de algo que está sendo rigorosamente tratado pela presidente da República", afirmou Padilha.
Os ministros falaram à imprensa após reunião do gabinete de crise que trata da greve dos caminhoneiros, mas se recusaram a responder perguntas sobre a demissão do presidente da Petrobras ou a possibilidade de mudança da política de preços da empresa.
No ápice da crise, na segunda (28), o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, afirmou a jornalistas que a saída de Parente não estava na pauta do governo. "Não está na pauta do governo sequer analisar a possibilidade de o ministro sair do cargo."
Padilha havia elogiado a atuação de Parente à frente da estatal e disse que sua gestão está alinhada com o que pensa o governo.
"Sob o ponto de vista de gestão, [Parente] mostrou que está afinado com a intenção do presidente Michel Temer e, portanto. Não podemos analisar sequer qualquer pressão para demissão do Pedro Parente. Para nós, ele é um gestor eficaz, eficiente e tem apresentado rodos os resultados em um tempo curto", afirmou.
(Folhapress)
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