A jovem de 23 anos que se jogou do 2º andar de um prédio para fugir das agressões do marido embriagado tentou, em depoimento à polícia, “aliviar a culpa” do homem, disse a delegada responsável pelo caso. O caso grave de agressão ocorreu na noite da última terça-feira (11), em Manaus (AM). Ela corre risco de ficar paraplégica. De acordo com a delegada Débora Mafra, a vítima se sentia culpada por ter se jogado da janela e tentou amenizar o que aconteceu, durante o depoimento, apesar do medo que sentiu de ser morta pelo marido, de 28 anos. “Por ciúmes, ele passou a noite fora de casa e voltou embriagado, às 8h, acusando a mulher de estar com outra pessoa. Ele a humilhou e bateu a cabeça dela na parede, deixando uma lesão no rosto. Depois, ele teria dito: ‘Você não sabe o que eu faço com você’. Ela disse, então, que ‘seria melhor morrer’ do que ser morta por ele, e se jogou da janela”, relatou a delegada. Segundo Mafra, a jovem já sofria abusos de brigas anteriores.”Ela acreditava que o flagrante era pela queda dela da janela. Dizia que tinha se jogado, que ele não a jogou e que não queria que ele fosse preso por isso”, disse a delegada em entrevista ao site Extra. “Mas nós dissemos que a prisão seria pela violência de antes da queda dela, como injúria, ameaça e lesão corporal. Ela se sentia culpada e queria tirar a culpa dele. Se jogou pelo medo de não saber o que ele faria. Ela chegou a um pavor, um desespero tão grande, que preferiu pular do apartamento”, continuou Débora Mafra. Relacionamento com agressões Diversos parentes da vítima, ouvidos pela Polícia Civil do Amazonas, aconselharam a jovem a terminar o relacionamento de três anos. O homem também é o pai da filha dela de 9 meses. A delegada contou que o criminoso chegou à delegacia para prestar depoimento, logo após o ocorrido, com a menina nos braços. Revoltada, a família da mulher está cuidando do bebê durante a internação da vítima no Pronto Socorro Platão Araújo. O agressor foi preso em flagrante, mas pagou uma fiança de R$ 2,5 mil para responder em liberdade por lesão corporal, injúria e violência doméstica. A bebê, filha do casal, está com a família da mãe. Os parentes estão dando forças para que a vítima das agressões faça um pedido de medida protetiva na Justiça e se separe do marido. Segundo a delegada, o marido da vítima tem um histórico de comportamento agressivo. “Ele impôs o mesmo tipo de relacionamento abusivo com outra companheira em 2014. Cortou o braço e o pescoço da ex com uma faca. Mas ela deve ter desistido de prestar queixa, e esse caso ficou registrado apenas no boletim de ocorrência”, afirmou a delegada. Além disso, também há registros contra ele feito por um frentista, que acusou o homem de tentar atropelá-lo com um carro, e por um vizinho após uma briga. (Com informações do portal Extra)
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