Escola pinta rosto de crianças de preto para atividade da Consciência Negra e é criticada

Uma escola em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, foi alvo de críticas nas redes sociais nos últimos dias após que imagens de duas atividades realizadas pelo Dia da Consciência Negra, comemorado nesta segunda-feira (20), viralizaram.

Nas imagens, crianças aparecem usando a técnica “blackface”, quando é usada tinta no rosto para imitar a pele negra.

Nas imagens, as crianças encenam “Menina bonita do laço de fita”, título de um livro de Ana Maria Machado, e em outra “O cabelo de Lelê”, livro escrito por Valéria Belém. As duas histórias abordam a valorização da beleza negra, embora o “blackface” tenha raízes justamente opostas.

A dona da escola Telma Corrêa Dantas considerou um “grande erro” a repercussão nas redes. “As pessoas entenderam de forma errada e não nos procurou para perguntar, nos dar direito de defesa”, disse ela ao jornal carioca Extra, informando ainda que um esclarecimento será postado na página da escola na próxima terça (21).

O black face é condenado pelo movimento negro. Em muitos casos, existe a desumanização da figura da pessoa negra, fazendo uma caricatura, forçando os traços, pintando com tinta preta, usando bombril no lugar do cabelo.

A técnica era usada no cinema e na TV quando atores negros não podiam atuar.

Uma escola particular de Belém também foi alvo das mesmas críticas após alunos se pintarem de preto para representar escravos em uma peça de teatro.

O ator Paulo Gustavo também mudou a personagem Ivonete após ser criticado nas redes sociais.

(DOL)