Em meio à incerteza política trazida por mais uma denúncia de envolvimento em atos de corrupção, o presidente Michel Temer vendeu uma agenda positiva durante seu discurso de abertura da Assembleia Geral das Nações Unidas, nesta terça-feira (19), em Nova York.
Temer destacou a "estabilidade" do Brasil, disse que o país tem "uma das leis de refugiados mais modernas do mundo". Os comentários do presidente sobre a preservação da Amazônia causaram desconforto entre os brasileiros. Temer chegou a anunciar a "boa notícia de que os primeiros dados disponíveis para o último ano já indicam diminuição de mais de 20% do desmatamento" da Amazônia.
"Retomamos o bom caminho e nesse caminho persistiremos", disse Temer, poucas semanas depois de enfrentar uma enxurrada de críticas pelo controverso decreto que extinguiu uma reserva nacional do tamanho da Dinamarca, entre o Pará e o Amapá.
O presidente ressaltou esforços do governo federal, sem especificar quais, pela proteção da Amazônia. A inclusão desses pontos no discurso, segundo fontes próximas a ele, seriam uma estratégia para reverter a má impressão causada pela extinção da Reserva Nacional do Cobre e Derivados (Renca) e pelos cortes no financiamento de países como Dinamarca e Alemanha ao Fundo Amazônia, dedicado a financiar a preservação da floresta.
Em 2016, o desmatamento na região teve um aumento de 58%, o que levou países, personalidades e entidades internacionais a repreenderem publicamente o governo brasileiro.
Durante o pronunciamento a líderes de quase 200 países, Temer também reiterou o apoio brasileiro ao acordo de Paris, que visa reduzir as mudanças climáticas, e defender o "desenvolvimento sustentável" do Brasil.
(Com informações de BBC)
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