MAELI PRADO BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Influenciado pela expectativa de safra agrícola recorde, o indicador do Banco Central que mede o ritmo de crescimento da economia cresceu 1,12% no primeiro trimestre em relação aos três últimos meses do ano passado, mostram dados divulgados nesta segunda-feira (15). Em março, porém, o indicador caiu 0,44% na comparação com fevereiro -o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, já havia afirmado que o movimento era esperado para o período. Em fevereiro, o indicador cresceu 1,37% em relação ao mês anterior, acima do que era esperado pelo mercado. Em janeiro, houve alta de 0,36% na comparação com dezembro de 2016. Conhecido como IBC-Br, o índice incorpora projeções para serviços, comércio, indústria e agropecuária, bem como o impacto dos impostos sobre os produtos. O IBGE está esperando uma safra de grãos mais de 26% maior do que a do ano passado, expectativa que foi revisada para cima diversas vezes. Esse foi o principal determinante no crescimento do trimestre. Além disso, no início do mês passado o IBGE alterou sua metodologia para as pesquisas de comércio e serviços para medir a atividade com mais precisão, o que teve impacto positivo nos dados. A mudança ocorreu porque o peso da amostra das empresas que participam das pesquisas do IBGE foi redistribuído. Em vez de seguir usando como referência para essa base o ano de 2011, o instituto atualizou os dados para 2014. A avaliação de economistas é que, após longo período de crise, a atividade começa a se estabilizar, com recuperação em alguns segmentos. O Brasil está em recessão desde o segundo trimestre de 2014.
Fonte: FolhaPress
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