Parece não haver momento melhor para Roger Waters excursionar pelo Brasil, justamente durante o período eleitoral. Ao longo de todo o mês de outubro, o baixista britânico ex-Pink Floyd traz ao país a turnê Us + Them, embalada por clássicos da banda, músicas de sua carreira solo e protestos políticos. O roqueiro faz show em Brasília neste sábado (13/10), no Estádio Nacional Mané Garrincha.
Em São Paulo, o britânico atraiu aplausos e vaias da plateia ao exibir o nome de Jair Bolsonaro, candidato à presidência pelo PSL, no telão com outras figuras públicas que considera neofascistas, como o presidente norte-americano Donald Trump. Waters também aderiu ao movimento #elenão em sua primeira apresentação no Allianz Parque. O clima de polarização continuou nas redes sociais, com fãs trocando farpas nos perfis oficiais do cantor. No segundo show, fez uma manifestação mais discreta.
O que esperar do show de Roger Waters em Brasília:
Hits e protestos: o que esperar do show de Roger Waters em Brasília
Hits e protestos: o que esperar do show de Roger Waters em Brasília
4 FOTOSO repertório atemporal do Pink Floyd. Nos dois shows que fez no estádio Allianz Parque, em São Paulo, Waters repetiu o mesmo setlist: 18 canções do Pink Floyd e quatro solo, todas do recente disco Is This the Life We Really Want? (2017). Com um cuidado cenográfico personalizado para cada canção, o britânico passeia pelos maiores hinos do grupo, como Another Brick in the Wall, The Great Gig in the Sky, Comfortably Numb, Time (foto) e Wish You Were Here Valery SharifulinTASS via Getty Images
Poucas variações no setlist. Waters tem repetido até a ordem das canções em quase todos os seus shows. Mas há espaço para variações. Em algumas datas da passagem pela Europa, por exemplo, ele tocou Broken Bones, do seu recente disco solo, e incluiu Vera, música do álbum The Wall (1979) que alude à cantora Vera Lynn, conhecida por We"ll Meet Again. Vale lembrar que um dos temas do disco é a paternidade perdida – o pai do cantor morreu na Segunda Guerra Mundial, quando Waters ainda era um bebê Divulgação
Protestos. Waters sempre foi politicamente muito ativo e gosta de criticar representantes que considera neofascistas em seus shows. Ano passado, no Facebook, seu alvo foi Michel Temer. Desta vez, ele mira em Bolsonaro. No primeiro show em SP, sua manifestação foi mais explícita, com o nome do presidenciável pelo PSL no telão junto de outros conservadores, como Donald Trump e a francesa Marine Le Pen, e apoio à campanha #elenão. Na segunda apresentação, o nome de Bolsonaro apareceu depois dos dizeres "ponto de vista político censurado". Em vez da hashtag, a projeção mostrou "nem fodendo". O que ele reserva para o espetáculo na capital federal? ROBSON MORELLI/ESTADÃO CONTEÚDO
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Uma megaestrutura. A assessoria do show em Brasília passou curiosidades interessantes sobre o espetáculo ao Metrópoles. A estrutura chega à capital em 25 carretas, carregando mais de 100 toneladas de equipamento. A produção leva pelo menos quatro dias para desmontar o material e oito para estruturar palco, iluminação e demais elementos do show. Cerca de 150 pessoas se envolvem na preparação. O generoso telão de LED, onde são projetadas frases, imagens e protestos políticos, tem mais de 1 mil metros quadrados, com 16 m de altura e 66 m de largura. O tamanho do palco acompanha o da tela PAULO LOPES/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
Roger Waters – Us + Them em Brasília
Sábado (13/10), no Estádio Nacional Mané Garrincha. Ingressos (preços de meia-entrada): de R$ 120 (superior) a R$ 245 (inferior). À venda no site Tickets for Fun, na Livraria Cultura (Iguatemi) e no estádio, a partir de 12/10 (bilheteria abre no feriado, de 10h às 18h; no dia do show, das 10h às 21h30). Não recomendado para menores de 16 anos
Fonte: Metropoles
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