Bicolores tentam absorver ao máximo a filosofia de jogo do técnico interino para Re-Pa

Ainda que o novo técnico do Paysandu tenha o seu nome anunciado antes do Re-Pa do domingo (24), a equipe bicolor deverá pelo menos iniciar a partida adotando a filosofia de jogo de seu treinador interino, Leandro Niehues. O substituto momentâneo de João Brigatti vem treinando a equipe desde a última segunda-feira e, segundo o atacante Nicolas, impondo a sua “marca” de jogo e que, provavelmente, deverá ser assumida pelo Papão no segundo confronto do ano com o maior rival, o Clube do Remo.

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“O professor vai tentando implantar o pensamento dele. Cada treinador possui uma maneira de pensar. Ele está querendo ajustar algumas coisas, dando ênfase a detalhes”, comentou o jogador, ressaltando que o grupo bicolor vem se esforçando para assimilar em tão curto tempo a filosofia de jogo de Niehues. “Estamos tentando absorver o máximo de informações passadas por ele, pois temos poucos dias para o Re-Pa”, destacou Nicolas.

Na entrevista concedida, ontem, na Curuzu, o atacante, que já é apontado como o “Novo Guerreiro” bicolor por conta de sua postura nos jogos do time, lembrou que o fato do auxiliar estar no clube há algum tempo facilita o relacionamento dele com o elenco. “Mesmo o Niehues sendo um técnico interino, ele é um cara que já estava com a gente”, ressaltou. A confiança dos atletas e também do presidente Ricardo Gluck Paul, foi reforçada, ontem, com os números do auxiliar quando técnico do Atlético-PR.

De 2008 pra cá, o clube sulista já teve um total de 26 treinadores, com Niehues sendo o sexto profissional com o melhor índice de desempenho. Em 18 partidas conseguiu 51,8% de aproveitamento. Técnico à parte, Nicolas salientou no bate-papo com a imprensa o comprometimento do time com o clássico. “Nós temos uma maneira de pensar no grupo. Estamos confiantes, realizando um bom campeonato. O que muda é a figura do treinador, dando o ritmo dele, a forma de jogar e passando as orientações”, afirmou.

Embora o Papão venha de uma vitória folgada sobre o rival - 3 a 0, no primeiro Re-Pa -, Nicolas evita colocar sobre os ombros dos bicolores o favoritismo para o confronto do final de semana. “Sabemos que será um jogo difícil, cada partida possui a sua história, então temos que entrar concentrados, pois clássico não tem favorito. Nosso objetivo, que é a classificação, precisa ser concretizado. Então precisamos pensar lá na frente”, argumentou o jogador, que até aqui participou de todos os oito jogos da equipe bicolor no Parazão.

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E MAIS...

- Depois de lançar os seus novos uniformes no local, o que acabou por gerar certa polêmica, o Paysandu volta ao principal mercado aberto da América Latina, o Ver-o-Peso, desta feita para disponibilizar aos seus torcedores ingressos para o Re-Pa do domingo (24). De acordo com o informe do clube, os bilhetes aos preços de R$ 40 (arquibancada) e R$ 50 (cadeira), estará disponíveis ao público hoje, das 8 ao meio-dia, na banca do Didi, tradicional torcedor do clube e um dos idealizadores e fundadores da organizada Ver-o-Papão.

- A iniciativa faz parte do projeto deslanchado pela diretoria bicolor de reaproximar cada vez mais o clube de seus torcedores, que iniciaram a temporada abalados pela queda do time para a Série C do Brasileiro. Mas, até ontem a procura dos torcedores por ingresso estava sendo fraca. A expectativa da direção bicolor é de que a venda seja aquecida hoje e amanhã em função da aproximação do confronto.

- O Papão tentará, neste segundo confronto entre as equipes, superar a vantagem obtida pelos azulinos no clássico de estreia na temporada. No Re-Pa passado, o Leão vendeu 9.326 ingressos, contra 7.358 comercializado pelos bicolores. Uma diferença de 1.969 entradas pró Remo. Os números gerais do Re-Pa foram de 16.684 pagantes, 2.630 credenciados e um público total de 19.314 pessoas. A renda foi de R$ 527.210,00.

(Nildo Lima/Diário do Pará)