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ESPORTE PARÁ

Pikachu, Palmeiras, confusão na Argentina e queda do Papão na coluna do Gerson

Os 14 mil torcedores que lotaram a Curuzu no sábado à tarde estavam lá apostando na possibilidade de um milagre. Fé cega e esperança andam de braços dados no futebol desde sempre. A salvação poderia ter ocorrido. O Oeste, que precisava vencer, ficou no 0

Os 14 mil torcedores que lotaram a Curuzu no sábado à tarde estavam lá apostando na possibilidade de um milagre. Fé cega e esperança andam de braços dados no futebol desde sempre. A salvação poderia ter ocorrido. O Oeste, que precisava vencer, ficou no 0 a 0 com o lanterna Boa Esporte.

Faltou o Papão fazer sua parte, item sempre ressaltado antes do confronto decisivo diante do Atlético-GO. No geral, o discurso foi assimilado em público pelos jogadores e comissão técnica, mas na prática não houve em campo a aplicação necessária para superar um adversário tecnicamente superior.

Costuma-se repetir em ocasiões como esta, quase como um clichê, que rebaixamentos são construídos no decorrer de uma competição. Nada mais verdadeiro. Ocorre que, na situação específica do PSC nesta Série B, as circunstâncias da rodada final permitiam evitar o desastre.

Aos 15 minutos do 1º tempo, quando Mike abriu o placar (havia feito um gol, mas a arbitragem anulou incorretamente), a combinação de resultados era perfeita para os bicolores. Além de estar em vantagem na partida, CRB, Criciúma e Oeste empatavam seus jogos.

De repente, porém, tudo passou a conspirar contra os interesses alvicelestes. O time seguia atacando muito e finalizando mal como sempre. Hugo Almeida perdeu chances, Timbó e Diego Ivo também. No meio, a coleção de erros de Nando Carandina e Renato Augusto ajudaram no projeto de reação do Atlético.

Tranquilo, sem se lançar afoitamente à frente, o time goiano se concentrou em explorar a precipitação do time da casa na tentativa de chegar ao ataque da forma mais desastrada possível: esticando passes, insistindo em ligações diretas e entregando a posse de bola a todo instante.

O empate nasceu de maneira meio espírita, com um chute de Moraes que desviou em Maicon Silva, mas o gol da virada já resultou do melhor futebol da equipe visitante e da lerdeza do centro de zaga do PSC.

Nem bem a bola rolou no segundo tempo e o Atlético chegou ao terceiro gol, com João Paulo entrando de novo entre os zagueiros. Prova de que o visitante estava mais plugado. Lento e dispersivo, o PSC ainda descontou com Thomaz, mas o esforço ficou por aí.

O Atlético, sempre cadenciando quando era necessário e acelerando quando possível, marcou mais dois e liquidou a fatura com uma goleada categórica e indiscutível. A queda, desenhada lá atrás, se confirmou da forma mais vexatória. Caso tivesse se preparado para superar o adversário mais qualificado, talvez o PSC estivesse salvo a essa altura.

Palmeiras decacampeão no velho modelo gaúcho de jogar

Vinte e dois anos depois, Felipão voltou a ser campeão dirigindo o Palmeiras. O título é o décimo da história do clube, o maior campeão brasileiro de todos os tempos. Além da importância natural, a conquista ajuda a resgatar também o técnico, que ainda carrega o peso do maior fiasco do futebol pentacampeão – a surra de 7 a 1 para a Alemanha na semifinal da Copa 2014.

Absoluto ao longo da competição, após um começo hesitante, o Palmeiras jogou como Felipão gosta. Defesa forte e rebatedora de bola, meio-campo brigador e ataque baseado no jogo aéreo. Um estilo pouco técnico, fiel à escola gaúcha, futebol feio e ainda muito eficiente para consumo interno.

O fato é que o Palmeiras sobrou, terminando com a marca de 22 partidas de invencibilidade. O título confirma também que, cada vez mais, as vitórias dependem de poderio econômico. Conseguiu montar dois bons times, permitindo a Felipão revezar para atender as necessidades de três competições simultâneas – Copa do Brasil, Libertadores e Série A.

Dudu se sobressai como principal peça do elenco palmeirense. Jogador esquentadinho, foi se acalmando com o tempo e cumpriu certamente sua melhor temporada, embora não seja propriamente um craque.

Ainda sobre o 7 a 1, Felipão vai continuar eternamente marcado pela tragédia do Mineirão. O que não significa que isso seja justo, mas, como se sabe, o futebol jamais foi regido por princípios de justiça. Aos 70 anos, recusa a pecha de ultrapassado, mas o modelo tático que adota é datado e só funciona no futebol paupérrimo praticado no Brasil.

Pikachu: grande temporada e expulsões infantis

Com excelente participação na temporada, fazendo nove gols apesar da pífia campanha do Vasco na Série A, Pikachu tem exibido um lado surpreendentemente temperamental nos jogos. Isso resulta em advertências e expulsões, como ontem, em S. Januário. Irritadiço, lembra até o palmeirense Dudu dos velhos tempos no hábito de peitar árbitros.

Compreende-se a tensão que envolve os vascaínos ante o risco de rebaixamento, mas bancar o xerifão na hora errada gera prejuízos ainda maiores, como a falta que Pikachu fará ao time na última e decisiva partida, contra o Ceará, em Fortaleza.

Ataque ao ônibus do Boca envergonha a Argentina

Há pouco a dizer sobre as cenas de violência que provocaram o adiamento da final da Libertadores entre River e Boca. Barras bravas argentinos são famosos pela truculência. Ficamos sabendo agora que a polícia de lá é tão fraca quanto a daqui na prevenção de conflitos. Se a Conmebol fosse séria, o Boca seria declarado campeão. Sem discussão.

(Gerson Nogueira/Diário do Pará)

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