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ESPORTE PARÁ

Jovens da base do Remo acreditam que o momento de subir ao profissional chegou

Ano após ano, as promessas dos cartolas do Clube do Remo, ao lado dos seus respectivos diretores de futebol, sobre a utilização dos jogadores oriundos da base da agremiação no time de cima, já viraram uma tradição. Na prática, no entanto, a ideia dificilm

Ano após ano, as promessas dos cartolas do Clube do Remo, ao lado dos seus respectivos diretores de futebol, sobre a utilização dos jogadores oriundos da base da agremiação no time de cima, já viraram uma tradição. Na prática, no entanto, a ideia dificilmente sai do papel. Em 2018, por exemplo, dos nove pratas da casa selecionados somente um teve oportunidade regular em campo, que foi o lateral-direito Gustavo, vendido no meio do ano ao Cruzeiro-MG. Dessa maneira, a desconfiança em cima do aproveitamento dos garotos ainda é alta, já que o retrospecto recente demonstrou o contrário. Contudo, três pontos estão sendo ressaltados para quebrar esse paradigma no Baenão: a presença do treinador João Nasser Neto, a folha salarial estipulada pela gestão e a metodologia de contratação do gestor-executivo, Luciano Mancha.

Sendo assim, ao que tudo indica, enfim, a base azulina terá a sua chance de vingar nos gramados. Conhecedor dos atletas de toda a categoria de base remista, Netão, já reiterou por inúmeras vezes que a presença de jogadores jovens, em especial os que têm a identidade “leonina”, serão tratados um olhar especial. “A gente sabe da qualidade dos jogadores. Acompanhei durante quase toda a minha vida o crescimento de alguns, por isso já temos ideia do que extrair. Estamos buscando esse perfil jovem, com raça, e que entenda o que é jogar no Remo, para nos ajudar a fazer um time forte”, destacou.

Conforme os dirigentes, João Neto preferiu não adiantar os nomes que farão parte da lista de profissionais para a pré-temporada, com data programada para o dia 12 de dezembro. Contudo, seis jogadores, devido ao desempenho positivo no Estadual sub-20 de 2017 e desse ano, deverão marcar presença no Baenão. São eles: os zagueiros Kevem e Fábio; o volante Pingo; o meio-campista Lailson, o meia-atacante Wenderson e o atacante Wallace. Todos, em comum, tiveram boa produtividade ao longo das duas últimas temporadas, porém, o foco maior está em cima de Kevem, Pingo e Wallace.

Kevem e Wallace, aliás, participaram do elenco profissional de 2018, entretanto, sem muita utilização. O defensor ainda chegou atuar, mas na reta final do segundo tempo na vitória por 2 a 1 frente o Cametá, no returno do Parazão. Pingo, por sua vez, é um dos pupilos de Netão e que chegou a ser “convocado” para compor elenco no amistoso diante da Tuna, que encerrou em 1 a 1, logo após a eliminação da Série C. “É uma oportunidade de agarrar a chance dos nossos sonhos. Não é fácil, não está nada certo, mas sabemos do nosso potencial. Ter o Neto como técnico vai nos ajudar muito a chegar no nosso objetivo”, disse o zagueiro Kevem, de 18 anos.

Copa São Paulo: atalho para o profissional

PROVA DE FOGO

A expectativa positiva criada em cima de Kevem, Wallace e Pingo poderá ser comprovada por meio da participação dos jogadores na Copa São Paulo de Futebol Júnior, no início do ano que vem. A delegação, que está sendo supervisionada pelo treinador Raimundo Santos, ainda não foi fechada, todavia a inclusão dos atletas é dada como certa, justamente pelo que foi apresentado por eles ao longo do ano. Todos irão participar pela segunda vez do torneio.

Para o volante Ariel Silva, o Pingo, de apenas 16 anos, a Copinha é a principal ponte para poder se firmar no Leão. “Encaro (a Copinha) como se fosse a oportunidade da minha vida. Fui com o Netão na primeira vez, ele me conhece. Eu creio que ele já sabe o que quer para o profissional. Mas a Copa serve para isso, né? Sei que ele vai procurar saber e temos que procurar dar o máximo”, disse. “É uma etapa por vez, mas temos que agarrar essa chance de mostrar o nosso talento”, completou.

No mesmo embalo, o zagueiro Kevem Lopes reiterou o pensamento do parceiro quanto a importância do certame juvenil para as ambições como profissional. “É um campeonato que aparecem grandes oportunidades, até mesmo de outros clubes. Mas poder subir no time que estamos desde cedo é melhor ainda. Sei que sou um dos cotados, é gratificante, e isso só faz eu me preparar ainda mais para fazer uma boa competição”, comentou.

CAMISA 9

Com os holofotes voltados para ele desde o ano passado, quando balançou as redes em mais de 30 oportunidades entre jogos do sub-17 e sub-20, nesta temporada o atacante Wallace Moraes, de 17 anos, confirmou a sua presença de área ao terminar como artilheiro da equipe azulina no Campeonato Paraense Sub-20, com seis gols.

De acordo com o atleta, a manutenção no nível foi fundamental para atrair novamente os olhares dos treinadores e cavar uma vaga no profissional. “Eu participei nesse ano, mas não tive oportunidade com o professor Ney da Matta. A gente entende e procura trabalhar. Graças a Deus tive uma boa participação no Estadual fazendo gols. Sei que uma hora nossa chance chega e, com o Neto agora, isso pode acontecer. A Copa São Paulo é um divisor de águas que vai ajudar muitos de nós”, destacou.

RELEMBRE O APROVEITAMENTO DA BASE NOS ÚLTIMOS ANOS

- 2015: o Remo conseguiu colocar em campo uma quantidade razoável de jogadores da base. Naquele ano, o atacante Rony e o volante Ameixa despontaram no Estadual, ajudando o Remo a levantar o caneco de campeão. Porém, após o término do certame, os jogadores foram negociados, não somando nem 6 meses no profissional.

- 2016: no ano seguinte, o Leão manteve a proposta de utilizar jovens da base. À época, Igor João, Tsunami, Edicleber e Silvio foram as principais apostas. Mas, com o elenco inchado, nenhum teve uma sequência regular em campo e logo foram negociados, exceto por Tsunami.

- 2017: foi talvez o ano em que o Remo menos aproveitou a sua base. Com destaque, Jayme e Gabriel foram os únicos do elenco. Além deles, João Victor, centroavante, atuou em apenas dois jogos.

- 2018: a proposta para essa temporada era a utilização maciça da garotada, porém, aos poucos a tese foi caindo, novamente com a utilização de jogadores de fora do estado. Somente Gabriel Lima, dessa vez ao lado de Gustavo, tiveram oportunidade e destaque.

(Matheus Miranda/Diário do Pará)

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