plus

Edição do dia

Leia a edição completa grátis
Previsão do Tempo 30°
cotação atual R$


home
ESPORTE PARÁ

Leia a coluna 'Bola Pra Matos', deste domingo (06)

Soou como um escárnio a intenção de um diretor do Remo, que também acumula o cargo de deputado estadual, de sonhar com a possibilidade de o clube contratar um ex-jogador que há muito tempo desistiu da bola e que responde a uma grave acusação de estupro co

Soou como um escárnio a intenção de um diretor do Remo, que também acumula o cargo de deputado estadual, de sonhar com a possibilidade de o clube contratar um ex-jogador que há muito tempo desistiu da bola e que responde a uma grave acusação de estupro contra quatro adolescentes. Longe de querer fazer juízo de valor, mas o dublê de cartola pisou feio nessa duplamente. Primeiro, por desconhecer que Jóbson não joga bola desde 2015. Segundo, a opção de não entrar em campo é culpa exclusiva do ex-atacante do Botafogo, que se envolveu em casos de doping e na última recaída se recusou a fazer o exame quando jogava na Arábia Saudita.

E por último não levou em consideração os antecedentes criminais do paraense. Lógico que, enquanto aguarda o julgamento em liberdade, ele é considerado inocente. Mas quem vai decidir se Jóbson é culpado ou inocente das acusações de estupro de 4 mulheres, sendo duas adolescentes em 2016, é a Justiça. E até lá, meu amigo, pé atrás. Como apenado ou não, merece uma segunda chance, como todos no mundo, desde que se disponha a andar na linha e não voltar a infringir as leis. Porém, o lugar mais indicado para esse retorno não deve ser os gramados.

Que Jóbson estude, prove sua inocência refaça sua vida, mas nos campos está fora de cogitação. E foi um jogador que teve inúmeras oportunidades na vida. Muitas mãos foram estendidas a ele, clubes que ofereceram a chance de um recomeço, mas ele negou esse apoio em todas elas. Agora, que construa sua própria salvação.

Nunca o futebol teve tamanho apelo entre crianças e mulheres. A reação do público diante da possibilidade de ver seu time se reforçando com um ex-detento ou acusado de um crime tão brutal é de clara rejeição. Condenado na Itália também por estupro, o ex-menino da Vila Robinho foi renegado por vários clubes do Brasil após terminar seu vínculo com o Galo. Teve de se abrigar na Turquia. Nem o Santos fez força para trazê-lo de volta. O peso da condenação por estupro coletivo, o qual recorre em liberdade, afugentou qualquer possibilidade.

Felizmente para o apressado cartola remista, a empreitada só não foi mais vergonhosa do que a protagonizada pelo Boa Esporte (MG), que apostou numa “brilhante” jogada de marketing ao abrir as portas do clube para o goleiro Bruno, condenado como mandante do assassinado da modelo Eliza Samúdio. A estadia do ex-arqueiro do Flamengo no convívio social e esportivo não demorou muito, e a Justiça ordenou sua volta à cadeia para cumprir a pena de 22 anos. Menosprezar a violência contra as mulheres não combina com o futebol, nem deve. Lembrem-se, dirigentes, que há muitas, milhares delas, ocupando as arquibancadas dos estádios de Belém. Merecem todo nosso respeito, apoio e admiração.

VEM SEGUIR OS CANAIS DO DOL!

Seja sempre o primeiro a ficar bem informado, entre no nosso canal de notícias no WhatsApp e Telegram. Para mais informações sobre os canais do WhatsApp e seguir outros canais do DOL. Acesse: dol.com.br/n/828815.

Quer receber mais notícias como essa?

Cadastre seu email e comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Conteúdo Relacionado

0 Comentário(s)

plus

Mais em Esporte Pará

Leia mais notícias de Esporte Pará. Clique aqui!

Últimas Notícias