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ESPORTE PARÁ

Leia a coluna de Carlos Eduardo Vilaça: Walter, o investimento bicolor

A estreia do atacante Walter contra o Interporto, no jogo que selou a classificação do Paysandu na Copa Verde, chamou a atenção do país inteiro. Menos pelo futebol jogado por ele – que foi bom, diga-se – e mais por uma foto que viralizou, mostrando que a

A estreia do atacante Walter contra o Interporto, no jogo que selou a classificação do Paysandu na Copa Verde, chamou a atenção do país inteiro. Menos pelo futebol jogado por ele – que foi bom, diga-se – e mais por uma foto que viralizou, mostrando que a sua forma física está longe do ideal para um jogador profissional. Após toda a repercussão, o atacante fez o certo, levou na esportiva e admitiu o óbvio problema para se manter no peso, com uma tirada fantástica, digna de entrar na enciclopédia do futebol brasileiro: “Tem gente que tem problema com vício de bebida, tem gente que tem vício de droga. Querendo ou não, eu gosto de comer muito”.

Walter é carismático e sabe jogar bola. É o tipo de cara por quem torcemos. Sou sincero: no anúncio da sua contratação, torci o nariz. Considerei que sua chegada ia de encontro ao profissionalismo pregado pelo clube. Mas hoje vejo que é preciso fazer certas apostas, sair do trivial, da zona de conforto. Walter pode fazer muito bem ao Paysandu. Sua força de vontade para entrar na linha é elogiada dentro do clube e pode, inclusive, inspirar os demais jogadores do elenco e também os meninos da base, que precisam de referenciais no time de cima. O fato de viver um drama com o pai desaparecido e mesmo assim ter uma conduta exemplar é mais um detalhe a se ressaltar.

Dentro de campo, foram apenas vinte minutos, um começo. Não é possível avaliar se ele irá mesmo render tudo o que pode. Mas ele tem consciência do que importa, a Série B. Até lá, tem tempo. Vai entrar aqui e ali, no Parazão e na Copa Verde, para pegar ritmo e encaixar com os companheiros. Não há pressa. Para esses torneios, o Paysandu tem time para brigar pelos títulos. Não tinha técnico, agora tem. Na Série B, contudo, será preciso um “algo mais”. E esse diferencial pode muito bem ser o Walter. É assim que a torcida precisa vê-lo nesse momento, como um investimento. Até porque, quem aí há de discordar que, mesmo acima do peso, ele é melhor do que praticamente todos os centroavantes contratados pelo Paysandu nos últimos anos? (à exceção, óbvia, de Bergson).

Chega de tapar o sol com a peneira

O problema não é o Remo perder para o Internacional-RS. O inadmissível é não conseguir fazer frente a times com poder de investimento bem menor, como Bragantino, Independente e Manaus, ser dominado por eles. Sendo assim, discordo totalmente quando Ney da Matta diz, corroborado pela diretoria, que o único ponto fora da curva foi a eliminação na Copa Verde. Essa oscilação que o time apresenta não é normal. Esse nervosismo não é normal. As falhas de marcação são gritantes, assim como a dificuldade na hora de finalizar a gol. Há alguma coisa errada na preparação/montagem da equipe e cabe ao treinador - que é competente, sua história mostra isso - identificar e corrigir esse problema, seja mudar a forma de treinar ou contratar novos atletas. Só não dá para tapar o sol com a peneira, afirmando que o time vai engrenar e não se mexendo para que isso aconteça.

Tacada de mestre

Às vezes gestos simples podem ser bastante eficazes. A diretoria do Paysandu presenteou o meia argentino D’Alessandro, que veio com o Inter-RS a Belém jogar contra o Remo, com a camisa bicolor em alusão à seleção do seu país, campeã mundial em 1986. A repercussão foi excelente, com a notícia sendo veiculada no Olé, um dos principais jornais esportivos do mundo. Parece pouco, mas trata-se de marketing direto e não há contraindicação em levar o nome do clube para o exterior. Pelo contrário, isso pode ser visto como um ótimo primeiro passo. Que não pare por aí e a diretoria cultive contatos, mantenha a marca em evidência. Não custa lembrar, por exemplo, que a vitória do Papão sobre o Boca Juniors, em La Bombonera, ainda hoje é um feito significativo, histórico. Quem sabe, daqui a um tempo surjam novas ações, parcerias, até mesmo uma excursão... Dá para sonhar, basta levar o trabalho a sério.

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