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ESPORTE PARÁ

Dado Cavalcanti fala sobre planos e evolução do Paysandu dentro e fora de campo

O século XXI tem marcado os anos mais vitoriosos da história do Paysandu, dentro de campo com conquistas e fora com uma estruturação há muito esperada. Um dos símbolos dessas conquistas é o técnico Givanildo Oliveira, multicampeão no comando o Papão. Depo

O século XXI tem marcado os anos mais vitoriosos da história do Paysandu, dentro de campo com conquistas e fora com uma estruturação há muito esperada. Um dos símbolos dessas conquistas é o técnico Givanildo Oliveira, multicampeão no comando o Papão. Depois do treinador pernambucano somente outro técnico comandou o time tanto tempo. Entre idas e vindas, o também pernambucano Dado Cavalcanti volta a Belém para a terceira passagem pela Curuzu. Campeão paraense e da Copa Verde, ele já bateu na trave na busca pelo acesso à Série A, seu principal objetivo esse ano. Dado voltou a um clube que conhece bem e, mesmo assim, se disse surpreso com as melhorias na estrutura. Nessa terça-feira ele já tem uma decisão pela frente. O Paysandu recebe o Interporto-TO e a classificação para a fase seguinte da Copa Verde é considerada uma obrigação no clube. O treinador deu a seguinte entrevista exclusiva ao Bola e falou de seu retorno ao Papão e a relação que tem com o clube, além das prioridades para 2018.

P: Você disse que um convite do Paysandu é muito diferente para você. Nessa terceira passagem, como você mensura a importância do clube na sua carreira e na sua vida?
R: Eu tive passagens marcantes em vários clubes e em todos os lugares que fui saí com as portas abertas. Porém, aqui no Paysandu teve uma identificação até pessoal mesmo, uma simpatia, uma empatia com o clube. Sempre fui parceiro do clube nos momentos bons e ruins, inclusive fiquei mais sentido nos momentos ruins do que em outros lugares e oportunidades. É uma relação que transcende o profissional, é pessoal mesmo. Por isso me sinto tão feliz e, acima de tudo, honrado em mais uma vez vestir essa camisa.

P: Em 2016, a campanha do Paysandu no início da Série B foi “prejudicada” pelos sucessos no Parazão e na Copa Verde. Hoje o elenco é mais numeroso e qualificado para evitar isso caso se chegue às retas finais das duas competições?
R: Numeroso não, qualificado talvez. Porém, a qualificação individual precisa ser revertida para uma qualificação coletiva. Nossa equipe precisa encaixar, precisamos ter um modelo de jogo definido, uma característica principal. A equipe de 2016 tinha isso no primeiro semestre e essa equipe tinha muita desenvoltura ofensiva, era uma equipe leve, com velocidade, com passe no pé, com circulação. A maioria dos jogos nós ganhávamos em posse, mas não era uma posse simples de circulação na parte defensiva, tínhamos muitas triangulações e um meio forte, isso tudo no coletivo e individualmente nós não tínhamos uma estrela. Nesse grupo (atual) nós temos muitos jogadores “cascudos”, individualmente até superiores, mas precisamos colocar isso para o coletivo, trazer para nós, transformar o “eu” que nós temos forte em “nós” e fazer uma equipe competitiva.

P: De 2000 para cá, período mais vitorioso da história do Paysandu, o clube tem repetido alguns treinadores que se identificaram com o clube. O mais vitorioso deles foi Givanildo Oliveira. Você se imagina um dia sendo lembrado pela torcida junto a Givanildo pelas conquistas?
R: Eu confesso que isso não é uma ambição, não é um objetivo profissional, um objetivo de vida. Meu objetivo principal mesmo é conquistar os títulos que a torcida espera, que todo mundo almeja. O principal deles, isso eu não escondo de ninguém, é uma ambição da torcida, do clube e minha também, é o acesso. O acesso para a Série A é talvez a menina dos olhos do Paysandu no momento. As consequências que isso irá trazer, eu sinceramente não me importo muito, penso muito mais no específico mesmo, em trazer as conquistas.

P: O Paysandu tem melhorado sua estrutura a cada ano. Chegou o momento de dar o salto técnico?
R: É a expectativa fazer um time competitivo, principalmente em nível nacional. Tivemos um crescimento e estruturalmente isso traz também um crescimento técnico por sequência, porque você acaba trazendo jogadores mais conceituados e pelo boca a boca, pela propaganda mesmo, de atletas e membros de comissão técnica que vieram aqui e saíram com boa impressão, isso acaba criando uma condição do Paysandu ser benquisto e visto pelo Brasil todo em âmbito profissional. Você acaba usando esse benefício para trazer jogadores qualificados e dar esse salto técnico.

PVocê vê esse elenco já completo para esse salto ou reforços ainda podem chegar?
RÉ precoce falar. Tanto em precisar que a gente está pronto, até porque não estamos, é um caminho muito doloroso pela frente; quanto precisar qual tipo de melhorias que vamos ter pela frente, nem fiz meu primeiro jogo ainda para ter comparações, para ter essa informação. É obvio que precisa haver evolução, talvez contratações, talvez não, mas é claro que o Paysandu ainda não está pronto, ainda não estamos com a condição que vai nos trazer tranquilidade para o resto do ano e é isso que tenho como compromisso, a minha responsabilidade é justamente trazer essa confiança e essa força para que a nossa equipe vença os obstáculos pela frente.

P: Yago brilhando no Vasco, Rodrigo Andrade e Leandro Carvalho buscando espaços no Vitória e no Botafogo. O que falta, a seu ver, para o Paysandu investir mais na base?
R: É uma pergunta institucional. Talento sempre se colhe. Aqui no Pará existe uma condição de desenvolvimento não tão boa, mas em compensação o talento desportivo está nas ruas, nos bairros, nos campos de pelada. Eu sou um cara que sempre olho muito para a base, procuro sempre trabalhar com garotos, jogadores jovens. Para mim não existe idade para entrar em campo, existe qualidade técnica. Se algum garoto mostrar mais qualidade técnica do que qualquer experiente, do que qualquer jogador rodado, qualquer estrela, vai jogar na frente sem sombra de dúvidas. A situação institucional já está sendo revista pelo próprio clube, pela reformulação que vem passando, já está se dando um pouco mais de importância para se desenvolver um pouco mais estes talentos que já existem por aqui.

P: Em sua apresentação você disse que o acesso é a “cereja do bolo”. Ao chegar com a temporada em andamento, a Série B mais do que nunca passa a ser o principal objetivo do ano?
R: Ela sempre foi, desde a formação do elenco, desde o esboço da equipe, mas é obvio que eu não tiro a importância das competições iniciais, estadual e Copa Verde, que são as duas competições que nós estamos. Isso vai trazer experiência para esse grupo, para entender um pouco que é a torcida do Paysandu, do que é o clube. Nós temos muitos jogadores novatos que ainda estão aprendendo a conviver com isso, com essa responsabilidade. E não dá para iniciar uma temporada pensando apenas em uma competição especifica, a disputa de competições iniciais traz um desenvolvimento futuro. O pensamento maior, sem sombra de dúvida, é a Série B, mas eu não esqueço jamais, a direção do clube também não, a tradição que é disputar essas duas competições, o estadual pela rivalidade do estado e a Copa Verde pelo Paysandu já ter disputado três finais e já ter conquistado um título, então também não podemos desvalorizar.

(Tylon Maués/Diário do Pará)

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