Troca no comando bicolor precisa dar resultado

Entre os jogadores há uma ciência de que o time precisa melhorar, em especial porque a primeira troca, a de técnico, já foi feita. A continuar uma campanha irregular as trocas podem ser feitas no grupo. “Não dá para pensar que a culpa também não é um pouco nossa com a saída do Marquinhos (Santos). Não fizemos como deveríamos ter feito tudo o que foi treinado, então temos que dar a resposta dentro de campo”, afirmou o meia Pedro Carmona antes mesmo de Dado Cavalcanti ser confirmado no clube.

A diretoria ainda não fala sobe reforços, que se acontecer deve ser somente na véspera da Série B, até porque o investimento até aqui foi grande. Muitos jogadores tiveram pouco tempo de campo e precisam de mais ritmo, enquanto outros sequer estrearam.

É o caso do atacante Walter, que dificilmente será relacionado para o jogo de amanhã. Mas, especula-se, pode fazer sua estreia contra o Interporto-TO na próxima terça-feira, na Curuzu, no jogo de volta da primeira fase da Copa Verde. O meia Ryan Williams também espera pela estreia, mas seu caso é a demora nas transferências internacionais.

O elenco bicolor treina ainda na manhã de hoje em Belém e, à tarde, viaja a Parauapebas onde enfrentará amanhã o PFC, pelo Campeonato Paraense. O Paysandu ocupa a segunda colocação do grupo A1 com dez pontos, um a menos que o líder Independente e um a mais que o terceiro colocado, o Bragantino.

DESSA VEZ, TEM TIME FORTE DESDE O INÍCIO DO ANO

Internamente, entre a cúpula da diretoria bicolor, o começo irregular do da temporada, em especial o considerável prejuízo financeiro com a saída precoce da Copa do Brasil, era visto como algo próximo ao inexplicável. Início de preparação, jogadores ainda privilegiando o trabalho físico, gramados ruins, viagens desgastantes, adversários que vêm de preparação há bem mais tempo, tudo isso é levado em consideração pelos bicolores. Mas, para o investimento feito já nesse período do ano, a cobrança por resultados maiores aumentou.

“Um convite do Paysandu para mim tem um peso muito grande. É quase uma convocação. Tive outras propostas ao mesmo tempo e nem as analisei. Mas é claro eu vinha observando o time e o fato de terem montado um elenco forte já no início do ano só fez aumentar minha certeza pra vir”, observou Dado.

A despeito de novas contratações serem feitas para a Série B, pela primeira vez na história dos pontos corridos o clube conseguiu montar um grupo já pronto para disputar o Campeonato Brasileiro. Isso demandou um investimento alto que Parazão e Copa Verde não bancam, só os jogos da Segundona e um bom púbico para fazerem isso valer.

Dado Cavalcanti voltou sabendo disso, que tem material humano que bem trabalhado pode tentar o acesso de uma forma diferente do eu quase aconteceu em 2015. “Naquele ano tínhamos uma espinha dorsal bem formatada e o trabalho encaixou de uma tal forma que quase conquistamos o acesso, mesmo com problemas na armação. No ano seguinte não houve esse encaixe, até porque decidimos e ganhamos a Copa Verde na terça e no sábado estreamos na Série B, totalmente desgastados. As seis primeiras rodadas foram muito difíceis e decisivas”, lembra o técnico.

A expectativa do novo-antigo comandante bicolor é repetir a façanha dos títulos regionais com menos desgaste de dois anos atrás.

(Tylon Maués/Diário do Pará)