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ESPORTE PARÁ

Executivo fala abertamente sobre planos para a temporada do Paysandu

A Curuzu ferve às vésperas do jogo que vai abrir os trabalhos do Paysandu no Campeonato Paraense de 2018. O tempo é curto para a preparação dos atletas, que começou apenas no dia 3 de janeiro, há semanas da estreia em campo, e uma combinação de concentraç

A Curuzu ferve às vésperas do jogo que vai abrir os trabalhos do Paysandu no Campeonato Paraense de 2018. O tempo é curto para a preparação dos atletas, que começou apenas no dia 3 de janeiro, há semanas da estreia em campo, e uma combinação de concentração e expectativa são evidentes por todas as partes do Lêonidas Castro. Foi nesse clima que o DOL conseguiu adentrar um pouco mais os bastidores bicolores e ter um papo exclusivo com o diretor executivo de futebol do clube, André Mazzuco.

O funcionário do Papão acabou ganhando mais visibilidade após a saída do superintendente de futebol Vandick Lima e também do trio de diretores Abelardo Serra, Ivonélio Calheiros e Vitor Sampaio, em dezembro de 2017, e precisou intensificar seus trabalhos para, junto à equipe técnica do time, solucionar dispensas e contratações.

Mazzuco não ficou na defensiva – a exemplo do que promete o Papão para 2018 – e discorreu sobre algumas questões que fizeram coro na boca da torcida e imprensa esportiva.

“Alguém tirou essa ideia de algum lugar e vendeu que o Vandick saiu por minha causa. Não tive nenhum problema com o Vandick, nenhuma briga. Ele mesmo fez questão de declarar isso. Havia discordâncias políticas, que não são minha área, e houve uma escolha dele na saída. Após o desligamento de todos eles (referindo-se ao trio de diretores Abelardo, Ivonélio e Vitor), ficou parecendo que eu tinha que sair também. Admiro a gestão do Paysandu, que opta pela continuidade de um trabalho. Fiquei feliz pelo Tony, dentro de suas convicções, optar pela continuidade, tanto comigo, quanto com o trabalho da Comissão Técnica. Eu havia deixado ele à vontade, porém sempre reforçando que meu desejo era também ficar, por acreditar no clube e no trabalho que pode ser desenvolvido por aqui”, conta.

Ele reconhece que a função que ocupa começou a ficar mais exposta em uma fase mais recente do futebol, tanto pelo assédio da mídia quanto pelo caráter sensível do cargo, que lida diretamente com escolhas que serão decisivas para o time: as contratações.

“A função do diretor executivo começou a ser superexposta e ganhar peso. Como exemplo, podemos ver o Rodrigo Caetano, executivo de futebol do Flamengo, ou Alexandre Mattos, do Palmeiras, entre outros que se destacaram. Na verdade, é uma função muito interna, que existe para fazer o clube funcionar bem. Especificamente sobre as contratações, elas passam pelo crivo de muitas pessoas. O diretor executivo tem que ter uma boa agenda e conhecimento de mercado, claro, porque é a função dele, mas todos ajudam. O Tony (presidente do Paysandu), por exemplo, ajudou muito na vinda do Moisés (atacante). Todos participam”, destaca Mazzuco.

Na conversa, o executivo acabou revelando, com exclusividade ao DOL, que o ciclo de contratações ainda não está fechado e nos próximos dias outro jogador pode ser anunciado para reforçar o Papão, mas adianta que não se trata do atacante Walter, por quem o Clube também teve uma conversa. A Fiel pode ficar ligada!

Um novo começo na montagem do elenco

Mazzuco explica com mais detalhes como começou sua trajetória no clube, as dificuldades que enfrentou por ser um trabalho já em andamento e dissertou alguns aspectos das estratégias escolhidas pelo Papão para as contratações, que até o momento empolgaram a torcida.

“Ano passado foram feitas 17 contratações, desde que cheguei, e 14 dispensas (durante a temporada, sem considerar a reformulação do final de ano). Pesa muito remontar o time no meio do caminho; pela força dos contratos dos jogadores, que implicam em rescisões etc. É difícil fazer alterações. Agora que permaneci, a continuidade do trabalho é importante; poder corrigir o que deu errado e melhorar o que foi ruim. Tínhamos alguns objetivos: diminuir a média de idade, melhorar e estrutura física do time e melhorar as contratações. Isso com o mesmo orçamento ou um ainda mais baixo. Acreditamos que montamos um elenco mais equilibrado”, detalha.

O reflexo das escolhas para o time já é evidente em alguns pontos que chamam a atenção, como a diminuição da média de idade, que saiu de 29 anos para 24.7 anos. “É relevante a idade porque teremos um ano desgastante de jogos, além do clima de Belém que é difícil”, lembra o executivo. A média de estatura do time também está satisfatória: 1.78.

Outro aspecto também comentado pelo executivo foi o questionamento sobre a presença de dez jogadores para a função de atacante. Ele explica por que o número está longe de ser excessivo.

“A função ofensiva de um time passa por vários momentos. O setor (ataque) está com atletas de diferentes características. E deste grupo de dez, há os que já integravam o time, os da base, os que chegaram agora –, então são diferentes ritmos a serem experimentados. Serão muitos jogos e o ideal é ter disponíveis 2 jogadores por função, que estejam no mesmo nível, para enfrentar cada partida. O nosso objetivo, com as contratações, é ficar muito próximo disso”, explica.

Ainda tratando de posições, o DOL aproveitou para confrontar o executivo com uma antiga queixa da torcida bicolor: a ausência de um meia de destaque. “O Paysandu sempre vai ter dificuldade em “acertar” um atacante, lateral-direito e meia depois de estar bem acostumado com grandes jogadores como Robgol, Pikachu e Iarley", comentou o executivo sobre jogadores que acabaram se tornando ícones da torcida pelas campanhas excepcionais. Ele explica: "Isso no mercado hoje é muito difícil. O já experiente Fred (atacante), por exemplo, foi a maior aquisição do Cruzeiro, recentemente, porque não há muitas opções, e as que têm são muito caras. Mas temos boas opções, como o Fabinho e o canhoto Pedro Carmona”, aposta Mazzuco. Carmona, inclusive, marcou no jogo-treino contra o Curuçá na noite de sexta-feira (12), na Curuzu.

O que será melhor em 2018?

Começo de ano, torcida sonhando com títulos e a almejada séria A, jogadores com todo o gás... É um bom momento para fazer um balanço do que espera o time com tantas novidades no elenco e driblar fantasmas de 2017 em campo. As repetidas derrotas em casa contra vitórias fora, que pareciam mais difíceis, foram capítulos tensos no caminho do Papão ano passado.

Mazzuco fala sobre o assunto e pede apoio da torcida. “Assim que cheguei ao clube, alguns atletas chegaram a conversar dizendo que não queriam jogar na Curuzu, pois havia uma pressão negativa muito grande. Era uma sinergia ruim, fora do comum. Me impressionei com a rejeição que estava, e até de forma injusta, com o Chamusca (o técnico deixou o comando bicolor em junho de 2017 para entrada de Marquinhos Santos). Toda essa situação acarretou de o Paysandu perder a identidade dentro de casa. A casa do Paysandu é a Curuzu. É aqui que está nossa história, nossa torcida. A gente começou a resgatar isso e já houve reaproximação dos torcedores, principalmente agora com a reformulação do grupo, e a vinda de atletas com perfil diferente. O passo de correção é com os torcedores, pois o apoio e a energia que eles nos trazem leva o time durante a temporada toda”.

O executivo finalizou a entrevista contando como ficou animado com o engajamento da torcida na apresentação dos jogadores e aproveita para chamar a Fiel para repetir o apoio nos jogos que vêm pela frente. “O ambiente de trabalho está maravilhoso, as mudanças pontuais na equipe deixaram as coisas melhores, os atletas estão vindo para cá acreditando, a estrutura é boa. O clube entra em 2018 com evoluções grandes em todos os setores. O Paysandu vem numa crescente há quatro anos. No dia da apresentação, fiquei impressionado com o apoio da Fiel e minha expectativa é que siga assim. É fundamental para o time”, diz o executivo, mostrando-se muito otimista.

(Shamara Fragoso/DOL)

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