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ESPORTE PARÁ

Torcedores fazem promessas à Nossa Senhora para pagá-las na época do Círio

É Círio de Nazaré, a maior festa católica do mundo. Milhões de pessoas nas ruas de Belém cantando, chorando, agradecendo, pagando promessas ou atuando na ajuda e motivação aos promesseiros, que, em algum momento difícil da vida, fizeram uma prece à Nossa

É Círio de Nazaré, a maior festa católica do mundo. Milhões de pessoas nas ruas de Belém cantando, chorando, agradecendo, pagando promessas ou atuando na ajuda e motivação aos promesseiros, que, em algum momento difícil da vida, fizeram uma prece à Nossa Senhora de Nazaré e foram atendidos. E como o futebol, para muitos, é uma espécie de religião, não é raro vermos torcedores pedindo que a Santinha interceda pelos seus clubes do coração.

No Círio de Nazaré de 2012, por exemplo, o engenheiro João Vitor pagava uma promessa na corda quando chegou na frente da sede do Paysandu e pensou que o tamanho da sua fé valeria mais um pedido e prometeu à Nossa Senhora de Nazaré que, se caso o Paysandu conseguisse o acesso para a Série B no próximo ano, ele iria novamente na corda pagar especificamente essa promessa.

Graça alcançada, e lá estava João na corda do Círio de 2013. “O Paysandu estava há seis anos na terceira divisão, e eu como católico me senti à vontade para fazer essa promessa. Quando fui pagar, fiz questão de usar uma camisa personalizada do meu time para agradecer a graça alcançada”, relatou João, que mesmo diante de encarnações dos amigos que torcem para o time rival, não pensou duas vezes antes de fazer a promessa.

“Teve sim encarnação de amigos remistas, mas acho que é natural tudo isso. Sofri muito na época, porque encarnavam que eu tinha ido na corda pro time subir, mas pela paixão que todo mundo tem pelo futebol vale a pena”, frisou o romeiro.

João relembra a história com orgulho, não só pelo acesso do time, mas pela fé que o motiva diariamente e que, neste momento, o ajudou na concretização de um pedido.

“Mesmo com toda a minha família sendo evangélica, e eu sendo o único católico, continuo com uma devoção muito grande a Nossa Senhora”, ponderou João, que este ano vai novamente na corda do Círio, mas para agradecer uma outra graça, a formatura.

Leão saiu do limbo com a ajuda da Nazinha

Se a fé move montanhas, nesse caso, moveu também jogadores, torcida, clube e, principalmente, a intercessora Nazinha, como é chamada carinhosamente Nossa Senhora de Nazaré, que ouviu as preces da torcedora do Remo, Denise Tabosa, no ano de 2015, quando o Remo enfrentava o Operário no jogo do acesso e garantiu a subida à Série C com uma vitória de 3 a 1, com gols de Whelton, Eduardo Ramos e Aleílson.

“Quando acabou o jogo, eu fui para o gramado me ajoelhar e fazer minhas orações e prometi à Nossa Senhora que pelos mesmos sete anos que o Remo passou na Série D, eu passaria acompanhando o Círio vestida com a camisa do Leão. Fui ano passado pela primeira vez e esse ano é a segunda vez que vou cumprir a minha promessa”, relembrou a torcedora, que se ouve algum tipo de chacota do time adversário, não dá a mínima. “Eu procuro não dar muita trela, porque essa questão de fé é muito pessoal”, ressaltou.

A torcedora não se comprometeu em cumprir a promessa na corda do Círio, mas garante que qualquer promessa relacionada ao Remo, ela cumpre sem titubear. “Seria muito frustrante não conseguir concluir o trajeto com a corda, então eu preferi fazer uma promessa que eu pudesse cumprir”, declarou a remista, que herdou o gosto pelo time do pai e do irmão.

Torcedora do Leão também pediu ajuda de Nossa Senhora. (Foto: Arquivo Pessoal)

Foi um verdadeiro milagre da Santinha

Era um jogo que valia o acesso à elite do futebol paraense em 2010, em que a Tuna enfrentava o Santa Rosa, na cidade de Mãe do Rio. Além de ganhar o jogo, a Águia Guerreira também torcia pela vitória do Time Negra, que jogava contra o líder, Ananindeua.

A matemática precisava contribuir para o acesso da Tuna, mas, além dela, pedir para que Nossa Senhora de Nazaré entrasse em campo e intercedesse pelo time foi o pedido do torcedor tunante Victor Tourinho.

“Eu estava em Belém secando o Ananindeua no jogo que estava acontecendo na Curuzu. Lá estava eu de camisa da Tuna pedindo para Nossa Senhora que a Tuna vencesse em Mãe do Rio, e para que o Time Negra ganhasse do Ananindeua, que àquela altura já tinha fechado o primeiro tempo em 2 a 0”, relembra o promesseiro, que acreditou e com fé prometeu à Nazinha que se a Tuna ganhasse e o Time Negra virasse o jogo ele iria na corda do Círio no ano seguinte, e ainda cumpriria a promessa na Basílica e na Igreja de Queluz. “A situação era tão crítica que eu fui logo fazendo várias promessas”, diz.

Graça alcançada, no ano seguinte Victor foi na corda cumprir a promessa que duraria mais três anos. “A verdade é que vou na corda do Círio até hoje agradecer e pedir para Nossa Senhora pela Tuna. Eu e minha família somos muito católicos e sempre vou no Círio e Trasladação, por isso resolvi tatuar a imagem de Nossa Senhora de Nazaré para carregar ela comigo para sempre”.

(K.L. Carvalho/Diário do Pará)

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