Eduardo Ramos deve se reunir com diretoria remista

A novela entre Clube do Remo e Eduardo Ramos promete para hoje o seu último capítulo. O jogador ficou de chegar à capital paraense na noite de ontem. Ele viria de avião e seu pai de carro, vindos de Goiânia, para que fosse feita a reunião, hoje, com a alta cúpula azulina. Esse encontro é muito aguardado pelos remistas, em especial pelos torcedores do Leão, afinal, desta reunião será decidido o futuro do atleta no clube. Se ambas as partes chegarem a um consenso, Eduardo Ramos voltará a vestir a camisa azulina. Caso contrário, todos seguem o barco.

Para que este acerto ocorra, será preciso que a negociação seja bem feita. Primeiramente, há um grande empecilho: o processo que o atleta entrou contra o clube, cobrando cerca de R$3 milhões. Esta ação na Justiça do Trabalho é um dos pontos importantes do acerto, já que ela precisaria ser removida. O também jogador deveria se comprometer a jogar e treinar como todos, sem os “privilégios” que ele chegou a ter nos últimos anos. Além disso, o atleta vai precisar pedir desculpas ao grupo, já que ele foi o protagonista de uma série de polêmicas na reta final do Parazão, que ocasionou no seu afastamento da equipe. Em um dos casos, ele disse, em uma rede social na internet, que conseguiria jogar com uma perna, gerando um mal estar no elenco, principalmente com o treinador Josué Teixeira.

O acordo, logicamente, também envolve o Remo, que precisaria honrar com os vencimentos do jogador sem atrasos, afinal, boa parte desta dívida trabalhista de Eduardo Ramos, se dá por causa de atrasos de salários. Toda essa negociação será feita assim que o atleta e o seu procurador, que também é o seu pai, se reunirem com o presidente do Remo, Manoel Ribeiro, o que deve acontecer ainda hoje. “Vamos fazer esta reunião. Só eu, ele e o pai dele. Ninguém mais. Nem o Josué (Teixeira, técnico). Vamos conversar e ver o que vai ser melhor”, afirma Manoel Ribeiro.

PARA ENTENDER

R$ 3.168.806,25

- É o valor cobrado por Eduardo Ramos contra o Remo, referente aos anos de 2014 e 2015, e 2016 até o final deste ano.
- Do primeiro contrato, o jogador cobra “luvas” no valor de R$100 mil, mais um mês e meio de salário atrasado, no valor de R$75 mil.
- No segundo contrato, o jogador reivindica R$318 mil, referentes ao atraso de salários nos meses de julho a dezembro de 2016; diferença de salário, de R$36 mil, de quando ele estava no Santo André-SP por empréstimo, mais salário atrasado de março e abril deste, no valor de R$ 103 mil; “Luvas” de R$ 50 mil, além da integração do direito de imagem no contrato de trabalho, verbas rescisórias e dano moral pelo atraso de salário (este último, o grosso da quantia)

(Café Pinheiro/Diário do Pará)