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Leia a coluna do PVC desta sexta-feira, 29: Alemanha ainda é exemplo para o Brasil

Seria muito simples atribuir à maldição dos campeões a eliminação da Alemanha ou esquecer que o Brasil tratou os atuais campeões mundiais como símbolo absoluto de um trabalho de reconstrução de seu futebol nos últimos quatro anos, contraste com o desabame

Seria muito simples atribuir à maldição dos campeões a eliminação da Alemanha ou esquecer que o Brasil tratou os atuais campeões mundiais como símbolo absoluto de um trabalho de reconstrução de seu futebol nos últimos quatro anos, contraste com o desabamento do velho país do futebol.

A Alemanha não é vítima de conspiração contra os vencedores de quatro anos antes, estranha coincidência que faz o Brasil ter a única seleção campeã da Copa anterior classificada para as oitavas de final neste século.

França, em 2002, Itália, em 2010, Espanha, em 2014, e Alemanha, em 2018, caíram precocemente.

O título alemão no Brasil foi merecidíssimo, mas marcado por empate com Gana e vitória apertada sobre a França e na prorrogação sobre a Argélia e a Argentina.

Pouca gente quis ouvir que o 7 a 1 veio carregado de componente emocional reforçado pelos desfalques de Neymar e Thiago Silva e de erro tático de Felipão. A Alemanha venceria a semifinal contra o Brasil em condições normais: 2 a 1, 3 a 1... Quem sabe?

O escândalo de equilíbrio na Rússia já era visível em 2014. A elite das seleções cada dia mais fica apertada, por razões já aqui detalhadas. Como 72% dos jogadores atuam fora de seus países, todo o mundo está exposto às mesmas condições.

O livro “Das Reboot”, publicado em Berlim depois da conquista no Maracanã, explica o sucesso da política de rejuvenescimento da seleção alemã, de escolas espalhadas pelo país, da política de dar mais dinheiro a quem tem mais jogadores da base e aos que estão na base da pirâmide. Tudo isso é perfeito.

Ocorre que não livra os alemães de terem sido eliminados em duas fases de grupos da Eurocopa (2000 e 2004) e em uma de Copa (2018) em 20 anos.

No Brasil, há duas coisas diferentes. A crise do futebol do país leva jogadores aos montes ao exterior, derruba o interesse do povo em ir ao estádio, retira dos debates a cultura do jogo praticado em altíssimo nível. A seleção é outra coisa. Sofre em todos os momentos de renovação, de trocas de gerações. Se houvesse Adriano, ou Kaká, ou Ronaldinho, ou Robinho em alto nível, ao lado de Neymar, em 2014, talvez o efeito emocional se diluísse.

Mas a seleção se mantém no topo da pirâmide mesmo depois do 7 a 1. Só que a elite é muito mais estreita.

Daí a Alemanha ser eliminada, perdendo para a Coreia do Sul, e o Brasil precisar se cuidar contra o México, para quem já perdeu uma final olímpica.

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