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Bronze no Mundial, Érika Miranda não projeta vaga em Tóquio

Érika Miranda conquistou no último dia 29 de agosto sua quarta medalha em Mundiais, desta vez um bronze, em Budapeste, na Hungria. Com isso, a judoca de Brasília se igualou à Mayra Aguiar como a atleta brasileira com o maior número de medalhas nesta compe

Érika Miranda conquistou no último dia 29 de agosto sua quarta medalha em Mundiais, desta vez um bronze, em Budapeste, na Hungria. Com isso, a judoca de Brasília se igualou à Mayra Aguiar como a atleta brasileira com o maior número de medalhas nesta competição, deixando para trás a decepção sofrida nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, onde acabou perdendo a disputa pelo bronze depois de chegar como uma das grandes favoritas ao pódio na categoria meio-leve (até 52kg). Renovada, ela, no entanto, preferiu frear a empolgação e, inclusive, não garantiu se irá lutar por uma vaga em Tóquio 2020.

“Vejo como uma recompensa por tudo o que passei, por tudo que eu superei. Eu vi que ainda posso chegar mais longe, tenho muito mais para dar, muito mais para evoluir. Hoje não penso em Tóquio, não me projeto na Olimpíada do Japão, até porque tenho 30 anos. Estou vivendo a minha vida passo a passo. Esse ano foi um ano bom, ainda não acabou, há outras competições. Quando terminar esse ano, vou pensar em 2018. Terminou 2018, penso no ano seguinte. Se for algo que realmente dê certo, vai fluir. A gente sabe do sacrifício. Minha família mesmo conversa comigo, minha mãe diz ‘Por que você não vai para Tóquio? ’, aí eu respondo ‘Mãe, treina que a senhora vai entender’”, revelou Érika.

Em visita à ADC Esportes, Érika Miranda aproveitou para tirar fotos com as jovens atletas (Foto: Sergio Barzaghi/Gazeta Press)

Depois do baque sofrido pela judoca no Rio de Janeiro, no ano passado, a medalha de bronze no Mundial de Budapeste veio para levantar a sua autoestima. Érika relembrou os tempos difíceis que viveu após os Jogos Olímpicos, garantindo que ainda está à procura de uma fórmula mágica para repetir seu desempenho em Mundiais nas Olimpíadas.

“Até hoje, com muita sinceridade, estou procurando saber qual é o sentido olímpico, porque sempre estou bem e bato na trave. Em Londres eu estava ganhando, estava uns 3 a 0, e acabei perdendo. Pensei ´calma, Érika, você vai saber qual é o sentido’. No Rio perdi o bronze e aí fiquei meio desacreditada, porque não sei qual é o sentido olímpico. No Mundial você perde, mas tem todo ano. Em Olimpíada você pode acordar de qualquer jeito e tem que fazer tudo acontecer naquele dia. Tem pressão, tem família, tem tudo. Para mim, por tudo o que vivi, treinei, me preparei, foi uma decepção muito grande. Acho que depois do Rio fiquei uns dois meses sem vestir o kimono”, disse a terceira colocada no ranking mundial.

Já neste ano, mais confortável e familiarizada com o Mundial, Érika Miranda deu a volta por cima. “Para eu digerir tudo levou até dezembro e ainda não encontrei uma explicação. Sabia que o Mundial em Budapeste seria muito competitivo, difícil, com muita gente nova. Pensei em me preparar da melhor forma, com muita alegria, e ir para a competição. Mundial é uma competição que eu gosto. Gosto da adrenalina, de ver as pessoas nervosas, então é uma competição que parece que passa um caminhão em cima de você, mas eu gosto”.

O gosto do bronze conquistado na Hungria foi ainda mais saboroso pelo fato de Érika Miranda ter vencido nada mais, nada menos que a atual campeã olímpica da categoria, Majlinda Kelmendi, de Kosovo. A luta também foi uma revanche para a brasileira, que foi derrotada justamente por essa rival na decisão do Mundial de 2013, realizado no Rio de Janeiro.

“Antes do Mundial passei um tempo treinando na Eslovênia. Quando eu cheguei, quem estava lá? Ela [Kelmendi]. A gente treinava, ela conseguia me jogar, mas no treino eu sentia que ela estava me jogando porque eu dava oportunidade. A gente fez um shiai, que é uma competição dentro do treinamento, e eu perdi para ela. Chorei, fiquei p***. Quando fomos para a competição em Budapeste, ia enfrentar ela ou uma japonesa, ou seja, não iria ter refresco. As meninas que estavam comigo queriam torcer para a japonesa, pensando que seria mais fácil para mim enfrentá-la na disputa pelo bronze. Falei ‘não, torçam para a Kelmendi perder, porque se ela perder, vai nós duas’. Quando ela perdeu, pensei ‘hoje a conversa vai ser outra’. Estou acostumada a perder uma semifinal e voltar para a disputa do bronze com aquele gosto da derrota. Ela, não. Ela estava vindo de várias vitórias, ela devia estar se sentindo um lixo, e eu estava pronta. Graças a Deus deu certo”, concluiu Érika Miranda.

Fonte: Gazeta Esportiva

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