Emily Lima lamenta regulamento do Paulista sem clássicos garantidos

O Campeonato paulista de futebol feminino tem um atrativo a mais nessa temporada, graças à presença dos quatro grandes clubes do estado. Com Corinthians e Santos a mais tempo e como principais nomes da modalidade no país, a competição agora conta também com São Paulo e Palmeiras, que atenderam as exigências da CBF e montaram times femininos.

No entanto, o regulamento do Paulista faz com que os clássicos fiquem limitados em quatro na primeira fase e dependendo do avanço dos times para as fases mata-mata. Com 12 times divididos em dois grupos, os seis de cada grupo se enfrentam em turno e returno. Assim, Corinthians e Santos se enfrentam e São paulo e Palmeiras fazem o Choque-Rei. Caso avancem, há possibilidade de outros clássicos.

Técnico do Santos, Emily Lima se mostrou satisfeita com a chegada do Tricolor e do Alviverde, mas lamenta que os jogos que seriam o maior atrativo do campeonato estejam limitados. “Acho interessante. Sempre é legal ter os quatro grandes. Só que o formato da competição faz com que a gente possa não nos cruzarmos. A gente faz o clássico com o Corinthians e São Paulo faz com o Palmeiras. Se se classificarem, pode ser que se cruzem. Então a gente precisa entender a ideia da Federação. Só para ter os quatro? Pra mim seria mais interessante o cruzamento logo na primeira fase. Seriam dois cruzamentos de ida e volta em três clássicos. Então não dá para entender”, disse em entrevista exclusiva à Gazeta Esportiva.

Com os times começando o projeto no futebol feminino, Emily até acredita que o começo de São Paulo e Palmeiras vai ser de muita adaptação. Os clubes se enfrentam neste fim de semana, e existe uma campanha para que o jogo aconteça no Allianz Parque, como preliminar para o clássico entre os times pelo Paulista masculino. “Sobre o movimento de São Paulo e Palmeiras fazerem o jogo como preliminar do clássico masculino. Será que é a hora para fazer isso? Eu não acho, são duas equipes que tão formando agora, podem se expor muito. Pra mim, por experiência de início de trabalho, acho q é expor demais as duas equipes, que tem um nome pesado no futebol. Então minha opinião é sempre muito crítica, porque eu sempre quero o melhor. porque fazer por fazer de qualquer jeito não interessa”, revelou a comandante.

*Especial para a Gazeta Esportiva

Fonte: Gazeta Esportiva