Sem vencer há 4 rodadas, Bicola se dedica aos treinos para mudar cenário a partir de terça

Cozinhar o Galo, apelido do CRB-AL, em pleno “caldeirão” da Curuzu, com a Fiel colocando lenha no fogo, é a primeira das oito grandes missões do Paysandu na sequência da Série B do Brasileiro. O Papão precisa somar de 12 a 15 pontos a mais na competição para que o perigo de sair “queimado” da disputa, o que significa o rebaixamento à Série C de 2019, seja evitado. O técnico João Brigatti e os seus comandados estão conscientes de que a equipe não pode mais, a partir de terça-feira (9), quando recebe o time alagoano em casa, dar moleza ao azar, sob pena de retornar a divisão que disputou em 2014.

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“O tempo é curto. São apenas oito jogos. Temos de pensar que são oito finais pra gente”, admitiu, ontem, na Curuzu, antes do treino da tarde, o volante Nando Carandina. Segundo o meio-campista, não tem outra saída para o Papão que não seja iniciar uma reação e já diante

do CRB. “Temos de acabar com essa situação. Não tem como adiar isso”, afirmou Carandina, se referindo ao fato de o Papão não vencer há quatro partidas. A última vitória ocorreu, em casa, diante do Avaí-SC, pela 26ª rodada da Segundona.

VERGONHA

De acordo com o meia Alan Calbergue, a campanha feita pelo Paysandu até aqui na Série B tem causado vergonha aos jogadores, principalmente para aqueles que são do futebol local, como ele próprio. “Todos nós sofremos cobrança, mas nós, que somos daqui, sofremos um pouco mais”, admitiu. O jogador contou que tem até evitado sair tanto de casa, para que não seja tão cobrado pelos torcedores do clube.

“As pessoas ficam perguntando o que está acontecendo”, revelou. Pressionado pelos torcedores, os jogadores do Papão, como bem disse Carandina, não têm alternativa que não seja partir para a reação frente ao CRB e nas demais partidas do time, tanto dentro como fora de casa. “A gente precisa ter um pouco mais de capricho para acertar algumas coisas”, recomendou. Carandina, por outro lado, lembrou, na coletiva, que a equipe não tem de estar se importando com os números da classificação, mas sim buscar as vitórias.

“A gente não tem de esperar que a salvação do rebaixamento venha com 42, 43 ou 45 pontos, o que temos de fazer é vencer e somar o maior número de pontos possíveis”, ensinou. “O que precisamos mesmo é de resultado. Isso é que nos importa nesse momento”, observou o jogador. O Papão ocupa a 18ª colocação na tabela de classificação, com 31 pontos. Com oito partidas a cumprir, assim como todos os demais times, o time poderá chegar a 55 pontos no total.

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Por enquanto, lacre só no portão!

Embora a programação de atividade do elenco marcasse treinamento no campo do Kasa, em Ananindeua, como aconteceu na véspera, também, o elenco do Paysandu trabalhou mesmo foi na Curuzu, ontem à tarde, sobre o comando do técnico João Brigatti. Mais uma vez, o treinador evitou a presença dos repórteres, que só puderam acompanhar o aquecimento do elenco. Depois, os membros da imprensa foram convidados a se retirar do local para que os atletas, como diz o treinador, “possam ter privacidade”.

Algumas dúvidas parecem parar na cabeça de Brigatti, que não poderá contar com o lateral-esquerdo Guilherme Santos e o meia Pedro Carmona, ambos suspensos pelo terceiro cartão amarelo. Diego Matos seria a primeira opção do técnico para recompor a defesa, com o zagueiro Fernando Timbó aparecendo como a segunda alternativa, já que, além de atuar no miolo da zaga também diz conhecer a ala esquerda pela qual já atuou pelo próprio Paysandu.

Como não começou como titular a partida contra o CSA-AL, a situação de Carmona não chega a preocupar tanto. A tendência é que Brigatti mantenha os jogadores Felipe Guedes e Marcos Júnior no setor de meio de campo. O elenco ainda treina hoje e amanhã, ambas as atividades programadas para o período da manhã. Caso a programação não sofra novamente mudança, os treinos serão realizados na Curuzu.

(Nildo Lima/Diário do Pará)