Nem jogadores sabem como João Brigatti deve armar o time bicolor contra o Criciúma

A recomposição do setor de meio de campo é o que tem dado trabalho ao técnico João Brigatti, que ainda não deu sequer pistas de como pretende armar o time do Paysandu para encarar o Criciúma, no próximo sábado (22), na Curuzu, pela 28ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro. Com a meta de sair da zona de rebaixamento, as dúvidas não estão restritas apenas ao torcedor e à imprensa. Os próprios jogadores, conforme admitiu, ontem, o meia Pedro Carmona, também não fazem ideia do que pensa o treinador. “Não teve treino tático ainda. Tivemos treinos de finalização e posicionamento defensivo. A escolha dos jogadores foi feita de maneira aleatória, então não dá pra dizer quem vai jogar”, comentou o meia.

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De acordo com o jogador, todos esperam começar a partida. “A expectativa é de todos”, disse Carmona. “Mas independentemente de quem venha a jogar, a gente só pensa em ganhar”, afirmou Carmona. O meia admitiu que o grupo vem sendo bastante cobrado pelo treinador. “Ele é exigente, assim como era o Guilherme. Agora depende da gente”, comentou. Carmona lembrou, na coletiva, que sempre se deu bem em jogos contra equipes catarinenses, tendo jogado no Figueirense-SC e no Criciúma. “Jogando pelo Criciúma, o primeiro gol que fiz foi contra o Figueirense”, salientou.

AUSÊNCIA

O zagueiro Diego Ivo foi o ausente do treino de ontem à tarde, na Curuzu, mas nada que deixasse o técnico João Brigatti preocupado. O atleta teve de ficar de fora da atividade para fazer uma visita ao dentista, visto que no jogo contra o Boa Esporte-MG, ele acabou levando uma cotovelada de um adversário, o que culminou com a perda de um de seus dentes. Hoje o defensor já deverá estar de volta aos preparativos da equipe para o confronto com o Criciúma-SC, partida em que o Papão tem como ausência certa o volante Renato Augusto, suspenso pelo terceiro cartão amarelo.

Prioridade é ajustar finalizações

É provável que o técnico João Brigatti já tenha em sua cabeça uma ideia de como mandará o Paysandu a campo, no sábado, contra o Criciúma. Contudo, o treinador somente hoje é que deverá colocar essa formação em ação em treino de conjunto. Até aqui, ele tem procurado melhorar alguns detalhes da equipe que não os agradaram nas duas partidas em que esteve à frente da equipe, no caso, Avaí-SC e Boa Esporte-MG, quando o Papão obteve uma vitória (2 a 1) e um empate (1 a 1).

Na atividade da tarde de ontem, a única do dia, o treinador procurou dar um foco maior para as finalizações dos jogadores de ataque do time. Ele também voltou a bater na tecla de um melhor aproveitamento dos laterais Maicon Silva, pela direita, e Guilherme Santos, pela esquerda. Hoje, com a atividade de conjunto, já será possível, imagina-se, saber quem será o substituto do volante Renato Augusto, suspenso pelo terceiro cartão amarelo e, também, se o treinador planeja fazer outras alterações na formação que atuou em Varginha, além da saída de Renato.

Brigatti não escondeu a sua satisfação pelo empate em Minas Gerais, mas, ao final da partida, reconheceu que o resultado poderia ter sido ainda melhor para os bicolores, que poderiam ter conseguido dois pontos a mais. A atuação do goleiro adversário Fabrício, que fez grandes defesas no jogo, foi destacada pelo treinador. Ele observou ainda que o Papão criou muitas chances de gol, mas os jogadores acabaram pecando no arremate. “Essa é uma situação que vamos ter de ajustar para os dois jogos que faremos em casa e para a sequência dos demais”, comentou.

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(Nildo Lima/Diário do Pará)