Papão aposta até no calor de Belém como um fator extra para ajudar a vencer o Criciúma

O técnico João Brigatti e os jogadores do Paysandu estão procurando se agarrar a todos os aliados possíveis para seguir pontuando na Série B do Brasileiro, agora jogando dentro de casa, no sábado (22), contra o Criciúma-SC, pela 28ª rodada da competição. Torcida, fator campo e até mesmo o calor costumeiro de Belém estão sendo levados em conta para ajudar o time a “domar” o Tigre, na Curuzu, fazendo com que o Papão se afaste ainda mais da temida zona de rebaixamento. No momento, os bicolores ocupam a 16ª colocação, com 30 pontos, apenas um a mais que o CRB-AL, que encabeça a área de degola.

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Para o meio-campista Felipe Guedes, que aguarda por sua estreia com a camisa bicolor, a elevada temperatura de Belém poderá ajudar o Papão a passar por cima de seu próximo adversário. Embora o jogo esteja previsto para às 16h30, quando o calor, normalmente, já não é tão intenso na capital paraense, o adversário poderá ser prejudicado pelo fator clima. “É uma vantagem para sair com os três pontos”, diz o meio-campista. Guedes fala como a experiência de já ter sentido, literalmente, na pele, o forte calor de Belém jogando como visitante, numa partida em que ele viu jogador da casa sentir o efeito do tempo.

“No ano passado vim aqui jogar contra o Paysandu, a partida foi às 16h e, no segundo tempo, teve um jogador do Paysandu, não lembro quem, até passou mal”, conta Guedes. “Pra gente é difícil, mas pra quem vem lá do Sul, como é o caso do próximo adversário, com toda a certeza, é bem mais complicado”, argumenta. Apesar de ter vindo de um estado de forte intensidade solar, no caso o Rio Grande do Norte, o jogador conta que ainda está procurando se aclimatar em Belém. “Mesmo passando três anos em Natal, lá é calor, mas não tanto como aqui”, compara.

TORCIDA

O fator torcida também pode se constituir em aliado dos bicolores no sábado. “Vamos jogar em casa e, com certeza, o torcedor vai comparecer para nos apoiar”, prevê o zagueiro Perema. “É um jogador a mais do nosso lado, mas temos de fazer, também, o nosso papel em casa”, salienta. Por sua vez, Brigatti confia que os resultados obtidos nos dois jogos do time sob o comando dele, no caso a vitória sobre o Avaí-SC e o empate contra o Boa Esporte-MG, dentro e fora de casa, respectivamente, injetaram mais ânimo na equipe.

“Voltar para Belém fora da zona de rebaixamento dá um moral e incentiva para chamarmos a torcida para nos incentivar no sábado. Será um jogo complicado e precisamos dela”, comentou o técnico após a partida do último sábado em Varginha.

Três no páreo para a vaga de Renato Augusto

O Paysandu já tem pelo menos uma mudança certa para encarar o Criciúma. O meio-campista Renato Augusto recebeu, diante do Boa Esporte-MG, o terceiro cartão amarelo e, assim sendo, terá de cumprir suspensão automática de uma partida. O treinador tem na prancheta três opções para recompor o setor da equipe: Cáceres, Lucas Geovani e Jonathan, que embora venha sendo utilizado na lateral-direita, chegou à Curuzu como volante de origem.

Satisfeito com o empate do último sábado em Varginha, o treinador dificilmente mexerá em outros compartimentos do time. O zagueiro Perema, que deixou a partida com o Boa, pareceu ser em princípio um problema, mas o próprio jogador tratou de tranquilizar o torcedor. “Foi apenas cansaço. A gente vem de uma sequência muito grande de jogos”, comentou o defensor.

O único pedido do treinador para os seus comandados é que o grupo mantenha a mesma disposição mostrada nas partidas anteriores, que agradaram em cheio ao comandante. “É esse espírito que a gente quer”, avisou Brigatti. “O Paysandu ainda tem muito a crescer”, previu o técnico, que vem estudando o adversário para que possa montar a formação bicolor de acordo com o visitante. O departamento de dados do clube tem municiado o treinador com informações neste sentido.

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(Nildo Lima/Diário do Pará)