De hóspede frequente do Departamento de Saúde do clube a titular absoluto no Paysandu do técnico Guilherme Alves. Essa vem sendo a volta por cima do Pedro Carmona na Curuzu. O meia, desde a chegada do novo treinador tem se mantido como titular da equipe, sendo, inclusive, autor do gol que abriu caminho para a vitória da última sexta-feira, contra o Figueirense-SC. Em entrevista após a partida, o jogador procurou refutar a ideia de ser um atleta “chinelinho”, ou seja, que passa mais tempo lesionado que atuando pelo time.
“Lesões acontecem. Todo mundo está sujeito a isso. Falam de mim parecendo que ninguém se machuca aqui”, rebateu Carmona, quando questionado sobre o tema.
“Todo mundo já teve lesão muscular e eu tive uma. Faz parte do meu trabalho. Esse é o meu trabalho. Estou sujeito a isso todos os dias”, prosseguiu. Carmona afirmou entender que o gol foi uma recompensa a atuação que teve. “Minha dedicação foi premiada com o gol que fiz”, disse.
O jogador afirmou que o fato de o gol ter saído em uma data comemorativa foi ainda mais positivo. “Muito legal fazer um gol numa data festiva assim de 100 anos de Curuzu e ficar marcado por isso”, admitiu. Falando sobre a mudança de postura do Papão, da época do técnico Dado Cavalcanti para a do atual treinador, Guilherme Alves, o meio-campista deu méritos ao novo comandante. “O Guilherme soube trabalhar em cima da confiança dos atletas. Ele criou uma competitividade muito grande nos treinos, principalmente nos lances no mano a mano, individuais”, contou Carmona.
PROGRAMAÇÃO
- Os jogadores do Paysandu tiveram um final de semana de muito trabalho, sem tempo para saborearem a segunda vitória consecutiva do time - antes haviam derrotado o Guarani-SP -, desta vez tendo como vítima o Figueirense-SC. No sábado, dia seguinte ao triunfo dos 100 anos da Curuzu, como propriedade do clube, o elenco já deu início aos preparativos para o próximo compromissoo, amanhã, contra o Atlético-GO, fora de casa.
- Ontem, o grupo voltou a cumprir a programação previamente elaborada pelo técnico Guilherme Alves e seus assistentes. No primeiro dia de atividade, os atletas que enfrentaram o Figueira não foram tão exigidos. Eles participaram apenas de um trabalho de recuperação muscular. Já quem não jogou ou entrou no decorrer da partida se submeteram a um minicoletivo seguido de movimentação técnica e de aprimoramento de finalização.
- O atacante Hugo Almeida, um dos novos contratados, realizou um trabalho separado para aprimorar a parte física. Na sexta-feira, após o jogo com o adversário catarinense, o treinador já havia antecipado que só definiria o time hoje, quando, às 8h30, ministra a última atividade antes da viagem.
Sem essa de nariz empinado em campo
Atento e vigilante. É assim que o técnico Guilherme Alves vem lidando o dia a dia com os atletas que comanda no Paysandu. O treinador que evitar que os bons resultados colhidos pelo time na Série B do Brasileiro - duas vitórias e um empate - subam a cabeça de seus comandados. Para que isso não ocorra, ele tem alertado os jogadores de que a equipe ainda tem muito a fazer no campeonato até que possa festejar o seu objetivo, que é o acesso à Série A de 2019.
“Não quero ninguém com o ‘narizinho’ empinado, não, porque nós não ganhamos absolutamente nada. Temos muito o que buscar nessa competição. Então a palavra de ordem é humildade”, determinou o técnico. Alves, porém, não deixa de reconhecer os méritos que o grupo que dirige teve nas três partidas sob o comando dele - Oeste-SP, Guarani-SP e Figueirense-SC. “Os caras estão indo ao limite, estão deixando tudo em campo”, elogiou o treinador.
Para quem imagina que as duas expulsões no Figueirense foram as responsáveis pela vitória bicolor, na última sexta-feira, o treinador respondeu: “Era pra gente ter feito uns dois gols no primeiro tempo e não sofrer tanto”, avaliou. “O Paysandu em números, principalmente em finalizações, foi superior. É lógico que duas expulsões facilitam pra você. Ninguém pode deixar isso de lado. Mas o Paysandu foi superior ao Figueirense em todos os momentos”, comparou.
(Nildo Lima/Diário do Pará)
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