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ESPORTE BRASIL

Leia a coluna de Juca Kfouri desta terça-feira, 19: A Copa já não é a mesma

Nunca cobri in loco uma Copa do Mundo dos chamados tempos românticos. A primeira em que estive, na Espanha, em 1982, já tinha João Havelange na presidência da Fifa, e já havia acontecido a Copa na Argentina, sob sanguinária e infame ditadura. Lá não fui

Nunca cobri in loco uma Copa do Mundo dos chamados tempos românticos.

A primeira em que estive, na Espanha, em 1982, já tinha João Havelange na presidência da Fifa, e já havia acontecido a Copa na Argentina, sob sanguinária e infame ditadura. Lá não fui e agradeço.

As Copas de 1982 e 1986, no México, tinham mais cara de festa do que de competição, embora a concorrência fosse para valer e não faltassem os dramas, como os vividos pela seleção brasileira no estádio Sarriá, em Barcelona, e pela inglesa, com o gol com a mão de Deus de Diego Maradona, para citar apenas dois.

Os encontros entre os jornalistas após o trabalho eram memoráveis e as Copas iam muito além do futebol.

Alguma coisa se perdeu com a inclusão cada vez mais forte do futebol na indústria do entretenimento. Os jogos parecem vitrines, os estádios são todos iguais por dentro, a uniformização levou à pasteurização e, é claro, o jogo mudou.

Se antes a Coréia do Norte era capaz de aprontar uma zebra para cima da então bicampeã mundial Itália, como aconteceu em 1966, na Inglaterra, e eliminá-la, a façanha era cantada em prosa e verso por meses, às vezes por anos.

Hoje, a Islândia empata com a Argentina e o feito dura poucas horas porque logo o México vence a Alemanha e a Inglaterra sofre para ganhar da Tunísia, como a França suou para derrotar a Austrália e aí, por óbvio, fazemos nós um drama pelo empate com os suíços embora o mundo inteiro tenha visto como um resultado normal.

Veja que não se trata de nenhum saudosismo. Apenas registro que cobri Copas com João Saldanha, com Alberto Dines, com João Ubaldo Ribeiro, Zózimo Barroso do Amaral, Sérgio Cabral, o pai, Alberto Helena Jr., Carlos Maranhão, Clóvis Rossi, Janio de Freitas, Carlos Heitor Cony, Matinas Suzuki, Tostão, Luis Fernando Verissimo, José Trajano, e melhor que os jogos eram as conversas antes, durante e depois deles.

Porque havia graça, não gracinha. Havia a inteligência do talento. Ok, admito, agora cai no saudosismo.

Mas como não ter saudades do Saldanha, do Dines, do João Ubaldo, do Barrozinho? E mesmo dos vivos que não vieram? Sobrou o Maranhão, ele em Moscou e eu na estonteante São Petersburgo, que já se chamou Leningrado. Sim, tudo muda.

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