Especialistas analisam cacheados de jogadores e dão dicas para o visual dos craques

Não são só as atrizes de novela que lançam moda nos salões de beleza a cada novo personagem na tela. Já faz tempo que os atletas, especialmente os jogadores de futebol, também criam tendências para uma legião de fãs que querem se parecer com os ídolos não só com a bola no pé, mas no visual. E nesta Copa, a Seleção Brasileira está cheia jogadores estilosos, cujos cortes de cabelo são campeões de pedidos aos barbeiros e cabeleireiros, a começar por Neymar, conhecido por não ficar muito tempo com um só visual.

Se cada mundial tem um corte de cabelo que chama atenção – para o bem e para o mal -, como o “Cascão” de Ronaldo Fenômeno em 2002, ou o moicano de Neymar em 2014, a Copa da Rússia, em se tratando dos brasileiros, pelo menos, pode ser a Copa black power. “É um estilo que nunca sai de moda e sempre chama a atenção”, diz a cabeleireira Aline Evans, instrutora do Centro de Desenvolvimento Técnico da empresa Beleza Natural.

O lateral Marcelo e o atacante William há tempos aderiram a esse visual. Conhecido pela ousadia nas jogadas dentro de campo e também no visual, Neymar Júnior também muda de cabelo quase com a mesma rapidez com que faz a bola rolar no gramado. Já alisou, descoloriu, fez até franja moldada com secador, sem medo de virar meme. Ultimamente, vem exibindo fios com textura mais natural cacheada, num corte undercut – o preferido de boa parte dos jogadores, como Philippe Coutinho, Gabriel Jesus, Marquinhos e Danilo -, com as laterais raspadas e o topo mais cheio.

Claro, investiu num quê a mais, descolorindo as pontas. Nesse caso, as especialistas indicam que a manutenção do corte deve ser feita a cada 15 dias, e que a hidratação deve ser um cuidado - reposição de queratina com óleo de manga é uma boa dica.

Sempre ditando tendência, Neymar adotou dessa vez um corte mais natural, com cachos altos e raspado na lateral. Já Marcelo e William segue a linha black power, que preciso manutenção a cada três meses. Fred tem um corte “disfarçado” que pede ajustes quinzenais (Fotos: Divulgação)

Hidratação é a tática para manter os fios

No caso de um visual mais despojado, como o de Marcelo, o pente garfo é o melhor aliado. Em cabelos como o dele, Aline Evans e Zica Assis, cofundadora do Beleza Natural, lembram que os fios necessitam de mais nutrição do que hidratação, porque, devido à textura do crespo, a oleosidade tem muita dificuldade de percorrer livremente da raiz às pontas. A dica, então, é investir em umectações com óleos vegetais.

Já William exibe um robusto black arredondado nos cabelos crespos do tipo 4C (é o mais crespo de todos, com uma estruturada frisada do fio, que não forma tantas molas), muito finos e com tendência à quebra constante. Para manter o corte bonito, a manutenção deve ser feita de três em três meses, indica Zica.

A hidratação, nesses casos, também é superimportante. Por isso quem quiser aderir, tem que investir na nutrição, com produtos com óleo de coco na fórmula. Se a ideia é deixar mais definido, a indicação é fazer a fitagem, diz Zica, referindo-se à técnica em que vai se separando o cabelo mexa a mexa e modelando com a ajuda de produtos finalizadores.

O meio-campo Fred tem um corte “disfarçado” que necessita de manutenção de 15 em 15 dias. Seus fios do tipo 4 são mais finos e, consequentemente, quebram com mais facilidade. Por isso, precisam de cuidados essenciais, como nutrição com óleo de abyssinian pelo menos uma vez na semana e hidratação constante. Evitar lavar com água quente e ter cuidado ao pentear são boas ações para não quebrar os fios.

(Diário do Pará)