Sem notícias, pai de Walter continua sumido

Alegando ter deixado o Paysandu para ficar perto da família que busca pelo pai desaparecido, Walter ainda não tem notícias do patriarca. O aposentado José Amaro Ferreira, 69 anos, desaparecido desde o sábado de carnaval, ainda não apareceu e o pior, não se tem informações sobre ele. Ao que tudo indica as investigações estão paradas.

Os policiais da delegacia de desaparecidos do Recife não têm muitas informações sobre o paradeiro de José Amaro: "A Polícia Civil de Pernambuco informa que instaurou inquérito para apurar o desaparecimento de José Amaro Ferreira".

"De acordo com informações preliminares colhidas ao longo da investigação pela Delegacia de Desaparecidos e Proteção à Pessoa (DDPP), ele teria sido visto pela última vez em um bar na comunidade do Bode, no bairro do Pina, zona sul do Recife. A Polícia também fez buscas por José Amaro no Instituto de Medicina Legal (IML) e nos hospitais de Pernambuco, mas ele não foi localizado. O inquérito está sendo conduzido pelo delegado Ian Campos, que continua realizando buscas para localizar José Amaro”, acrescentou.

Edith Maria, de 61, mãe do jogador, foi uma das pessoas ouvida pela polícia. Além dela, apenas o dono do bar prestou depoimento. Walter chegou a dizer que o problema do pai sempre foi a bebida alcoólica. "A maioria dos desaparecimentos se resolve naturalmente com a volta da pessoa sumida", disse o delegado Ian Campos.

As buscas estão sendo feitas por Edith. Ela tem mostrado foto José pelo bairro, além procurar por ele na região. Um conhecido da família disse ter visto alguém parecido com José Amaro caminhando pelas ruas com pedaços de papelão na mão, e barbudo.

A mãe de Walter encontrou a roupa de José jogada em frente de um barracão e perto de um monte de lixo. "Ela tava inteira suja e fedendo muito", disse ela. "Mas tenho certeza que era a camisa dele. Como fedia muito, joguei fora”, acrescentou.

Outra pista foi recebida pela família: José havia sido visto em Ribeirão, uma cidade a 87 km de Recife. Edith conseguiu uma carona até o município. "Quando cheguei lá descobri que era trote", contou.

No dia 13 de fevereiro, por volta das 19h30, José saiu de casa para comprar cigarro e não voltou mais. Ele estava perto da praia de Boa Viagem, no Recife. Ele é conhecido como “Boy’.

(Com informações do UOL)