Papão terá pela frente, nas próximas rodadas da Série B, adversários da zona da degola

O Paysandu terá, nas três próximas rodadas da Série B do Brasileiro, adversários teoricamente mais fracos. Nada melhor para uma equipe que não vence há cinco jogos e que planeja voltar, o quanto antes, ao G4 ou, no mínimo, se aproximar do grupo que reúne os primeiros colocados do campeonato. O Papão terá como primeira missão derrotar, em sua casa, o Boa Esporte-MG, na sexta-feira, 1º de junho, pela 8ª rodada. Em seguida, o time comandado pelo técnico Dado Cavalcanti enfrentará o Criciúma-SC, segunda-feira, 5, e, por último, na sexta-feira, 8, o Goiás-GO, ambas as partidas fora de Belém.

• Veja imagens do treino bicolor

Os adversários bicolores não inspiram grande confiança, estando, todos eles, no Z4, grupo formado pelas quatro equipes com pior pontuação na competição. A outra é o CRB-AL, que encabeça a chamada “zona da morte”, na 17ª posição, com seis pontos, seguido pelo Boa, 18º colocado, com quatro pontos, Goiás, 19º, com dois, e, finalmente, o Criciúma, lanterna da disputa, contando apenas com um mísero ponto. Apesar de toda a aparente fragilidade dos adversários, os bicolores estão vendo os adversários como aqueles que estão no topo da tabela da Segundona.

O Boa, que até aqui só conseguiu uma vitória e justamente diante do combalido Goiás, por exemplo, chegará à Curuzu contando com todo o respeito dos donos da casa. Pelo menos é o que dá a entender o atacante Mike. “A gente acompanhou o jogo deles no sábado, quando eles ganharam do Goiás, lá fora, um resultado que nos serve de alerta. É uma equipe que marca muito e explora os contra-ataques”, avaliou o jogador. “A gente já está estudando a equipe deles. Respeitamos muito o Boa, pois sabemos que será um jogo extremamente difícil”, exagerou o atacante.

Já o meia Alan Calbergue admite a fragilidade do visitante, fazendo alerta para que o Papão não deixe de aproveitar as chances que venham a surgir na partida. “Não podemos dar brecha para sermos surpreendidos dentro de casa. Se tivermos oportunidade, temos que matar a partida para conseguir os pontos, que são de grande importância pra nós”, recomenda.

Diferente do meio-campista que diz saber “muito pouco do adversário”, o atacante Cassiano garante não só conhecer o time mineiro, mas até conhecer alguns dos jogadores do Boa. “Tenho amigos lá, jogaram comigo, a gente conhece a equipe deles”, conta o artilheiro do Papão na temporada, com 18 gols, quatro deles na Série B, que o colocam como um dos vices goleadores do campeonato. “Vêm num momento ruim, mas têm muita qualidade, então nosso time tem que tomar bastante cuidado para não ser surpreendido”, argumenta.

E MAIS...

PREMIAÇÃO

- A diretoria do Paysandu teve de atrasar o pagamento da premiação do elenco do clube pela conquista da Copa Verde. A ideia da diretoria era quitar tudo com o grupo na volta do time de Florianópolis, onde o Papão caiu na última sexta-feira diante do Avaí-SC. Contudo, os R$ 168 mil que serão pagos pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) referente à cota destinada ao campeão do torneio, até ontem não havia caído na conta do clube. A Caixa Econômica, anunciante máster do clube, por outro lado, já efetuou o pagamento de R$ 300 mil, conforme havia acertado com a diretoria.

- Com o atraso por conta do valor vindo da entidade nacional, os jogadores seguem na expectativa de colocar grana no bolso. A direção do Papão acredita que por todo o restante da semana, a premiação de R$ 468 mil será entregue ao elenco. O valor será rateado entre os atletas de acordo com o número de jogos feitos por cada um deles. Também terão direito ao bicho os membros da comissão técnica, com o treinador Dado Cavalcanti devendo receber valor dobrado.

(Nildo Lima/Diário do Pará)