Embolado no meio da tabela da Série B, Papão vê G4 se distanciar

Desde o início da Série B do Brasileiro que o Paysandu não ficava tão longe do G4 da competição. Com a derrota, por 3 a 1, diante do Avaí-SC, que jogou por terra a invencibilidade de nove jogos que a equipe tinha na temporada, aliada a outros resultados da 7ª rodada do campeonato, o Papão não só perdeu a chance de voltar ao “pelotão” de frente como também se desgarrou do grupo principal. Motivo de preocupação para o técnico Dado Cavalcanti, os jogadores e, principalmente, a torcida bicolor, que já começa a temer por uma descida ladeira abaixo do time neste começo de Segundona.

O temor dos bicolores tem sentido, visto que, após a derrota na “Ressacada”, o Paysandu passou a figurar num bolo de concorrentes que têm pontuação superior, parecida ou apenas um pouco inferior, o que significa uma maior dificuldade para a volta do time ao G4.

Com o desfecho da rodada passada, o Papão caiu da 5ª para a 7ª colocação, atrás de Vila Nova (13 pontos) e do Figueirense-SC (12), que tem melhor saldo de gols (4 a 1), primeiro critério de desempate. Abaixo dos bicolores estão Atlético-GO (11 pontos), São Bento-SP (11) e Guarani-SP (10).

O retrato da classificação do campeonato não é, portando, nada animador para o Papão em termos de reconquista da vaga no G4. Até mesmo uma vitória sobre o Boa Esporte-MG, na sexta-feira, dia 1º de junho, poderá não assegurar a subida do time para a “comissão de frente” do campeonato, dependendo, claro, dos demais resultados da rodada.

Em função disso, a ordem na Curuzu é para que o time faça primeiro a sua obrigação, que é vencer em casa, onde ainda não sofreu revés na competição, e mantenha acessa a possibilidade de voltar ao G4 já na rodada vindoura ou nas seguintes.

JEJUM INCÔMODO

Para completar o cenário ruim para os alviazuis, o time está há cinco jogos sem conseguir vencer. São quatro empates (três pela Série B e um pela Copa Verde) e uma derrota, a da última sexta-feira, em Florianópolis. “A gente tem de ligar o sinal de alerta, porque

são cinco partidas sem vitória”, admite o atacante Cassiano, autor do único gol da equipe na derrota, por 3 a 1, frente ao Leão do Sul.”Precisamos ser mais eficientes na frente para buscarmos a vitória”, afirma o jogador, artilheiro do time na temporada, com 18 gols, quatro deles na Série B.

Volta por cima ainda é possível

Apesar de admitir que o sinal de alerta precisa estar ligado na Curuzu, o atacante Cassiano confia que não há motivo para que o time do Paysandu e de sua torcida entre em “parafuso” após a derrota sofrida, na última sexta-feira (25), diante do Avaí-SC. Ainda em Santa Catarina, de onde a equipe retornou no sábado, o jogador lembrou que a Série B só está em seu início, faltando 21 rodadas para o desfecho da competição, quando serão conhecidos os quatro classificados à Série A e o mesmo números de rebaixados à Série C de 2019.

“Ainda está cedo, estamos no começo da competição, ainda temos muitos jogos pela frente e acredito que vamos conseguir dar a volta por cima”, disse. A derrota, que acabou com uma invencibilidade de nove partidas do time, de acordo com o goleador, não deve ser motivo de desestímulo ao time. “A gente sabia que a derrota aconteceria num momento ou outro”, alegou. O jogador pediu um voto de confiança aos torcedores. “Eles podem continuar confiando na gente. Quem acompanhou o jogo (contra o Avaí) viu que a gente buscou o gol o tempo todo. Não nos acovardamos. Foi nossa primeira derrota e nenhum time é invencível”, declarou. Com o gol marcado no “Ressacada”, em cobrança de pênalti, o quarto assinalado por ele nesta condição, Cassiano chegou a 18 gols na temporada.

(Nildo Lima/Diário do Pará)