Os pecados capitais do Leão!

Desde o final de 2017, ocasião em que departamento de futebol do Clube do Remo montou o plano estratégico para essa temporada, apesar das ambições paralelas, o objetivo principal era claro: o acesso à segunda divisão do futebol brasileiro. Hoje, com o 1° turno da fase classificatória do certame chegando à metade, no entanto, o sonho de subir de patamar parece distante para a agremiação.

Próximo da zona de rebaixamento em seu grupo, a equipe ainda não se encontrou na competição, fazendo campanha aquém do esperado, abaixo de todas as suas participações desde o retorno em 2016. A pisa sofrida no domingo (20) por 3 a 0 para o Confiança-SE, em pleno Mangueirão, confirma a situação. Todavia, o insucesso na Série C por parte dos azulinos não é de agora, mas, sim, fruto de uma sucessão de erros capitais, que têm ocorrido desde o começo da temporada.

Dentre as principais limitações do grupo, salta aos olhos o desequilíbrio tático/técnico. Embora demonstre lampejos de evolução entre uma partida e outra, o Remo não consegue manter um padrão de jogo, algo que tem se arrastado desde as primeiras participações do time, ainda pelo Estadual. Outro detalhe é a falta de qualidade do elenco, que não consegue se impor mediante circunstâncias perigosas, em que acaba se tornando presa fácil para o rival.

Contudo, o grupo acredita que possui qualidade suficiente para levar o time ao acesso. E, como exemplo, cita o poder de reação demonstrado no Parazão, ocasião em que o Leão foi campeão em cima do maior rival. Embora, para alguns torcedores, a conquista do título Estadual tenha mascarado as limitações e fragilidade do elenco, que acabou voltando à tona na Série C. A ordem é provar que essa parcela da torcida está errada. “Eles (jogadores) sabem que têm condições. Às vezes volto a falar do Estadual, jogamos contra um time de Série B, que é o Paysandu. No jogo passado fizemos uma excelente partida, principalmente, no segundo tempo, compacto com e sem a bola. Ganhamos com tranquilidade. É difícil, como qualquer Nacional, mas mostramos que temos capacidade de mudar as coisas, como foi no Paraense”, disse o treinador Givanildo Oliveira.

(Matheus Miranda/Diário do Pará)