Philippe Coutinho era visto como um ponta esquerda, assim como Neymar, no início da sua trajetória na Seleção Brasileira de Tite. Como era difícil barrar o astro do Paris Saint-Germain, adaptou-se ao lado direito, onde tinha Willian como concorrente. Agora, na Copa do Mundo da Rússia, o meia do Barcelona poderá atuar centralizado, como Renato Augusto estava acostumado a fazer.
Na entrevista coletiva que concedeu após anunciar os seus 23 convocados para o Mundial, Tite deu diversas mostras de que considera Coutinho capaz de ser o encarregado da armação central das jogadas ofensivas do Brasil. “Ele já jogou assim no Liverpool. Não sei como será no Barcelona agora, que o Iniesta saiu. Mas tem essa capacidade”, avisou.
Com Renato Augusto sem tanto brilho nas últimas partidas das Eliminatórias, Coutinho já foi testado na posição na vitória por 3 a 0 sobre a Rússia, em 23 de março. No amistoso seguinte, no dia 27, Tite optou por uma alternativa mais cautelosa para enfrentar a Alemanha, com o volante Fernandinho no setor, e comemorou um triunfo por 1 a 0.
Atuar com Coutinho permitiria que Tite não precisasse sacrificar nenhum dos seus tão elogiados homens de frente do time titular. Willian seguiria na equipe. Embora não descarte, o treinador só não quer escolher entre o atleta do Barcelona e Fernandinho de acordo com cada oponente do Mundial. “Não gosto dessa história de ficar mudando toda hora a escalação em função do adversário”, disse.
Com só três meias de origem na sua delegação, Tite cogitava convocar mais um atleta para concorrer com Renato Augusto – Rodriguinho, do Corinthians, Diego, do Flamengo, e Lucas Lima, do Palmeiras, estiveram entre os cotados. Agora, ele conta com a versatilidade dos seus atletas para resolver eventuais problemas. O volante Fred, por exemplo, é mais um candidato a armar o ataque brasileiro.
Fonte: Gazeta Esportiva
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