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ESPORTE BRASIL

Opinião de Carlos Eduardo Vilaça: modernização necessária no futebol

A adoção do árbitro de vídeo no futebol é uma medida que já deveria ter sido tomada há muito anos, mas ainda é vista com extrema e injustificável ressalva por aqueles que mandam no esporte. A chegada de Gianni Infantino à presidência da Fifa clareou um po

A adoção do árbitro de vídeo no futebol é uma medida que já deveria ter sido tomada há muito anos, mas ainda é vista com extrema e injustificável ressalva por aqueles que mandam no esporte. A chegada de Gianni Infantino à presidência da Fifa clareou um pouco mais esse cenário, com testes sendo feitos aqui e ali, embora sem uma verdadeira efetivação. A discussão passa por questões operacionais, financeiras e até mesmo pela tradição, com uma suposta preocupação com a “alma” do jogo, que passaria a ter mais interrupções e veria a “soberania” do árbitro ruir.

Tudo balela. Não existe motivo para que a tecnologia, usada em praticamente todos os outros esportes, seja descartada. A parte técnica carece apenas de adequação e treinamento, algo que as grandes emissoras do mundo, que detêm os direitos de transmissão dos jogos, podem facilmente realizar. “Ah, mas é um sistema caro”. Ora, o futebol move rios de dinheiro e o que entra de receita é mais do que suficiente para custear o árbitro de vídeo. E isso mesmo em países longe dos grandes centros, sem o suporte financeiro das ligas mais importantes. Nesses casos, a Fifa teria a obrigação de, pelo menos, ajudar a implantá-lo. No caso do Brasil, ninguém me convence que a CBF e seus feudos (federações) não têm condições de usá-lo em todos os seus torneios.
Mas a pior de todas as falácias parte daqueles que enxergam na adoção da tecnologia uma afronta ao próprio futebol. Com argumentos ridículos de que diminuiria o tempo de bola rolando ou quebraria o ritmo de jogo, além de diminuir a importância do árbitro. Nenhum procede, tudo é contornável. O caso é que mexer nas regras do futebol é considerado um sacrilégio. E assim continuamos sendo testemunhas de uma série de erros que acabam decidindo campeonatos, patrocinando injustiças e, talvez o pior de tudo, levantando suspeitas sobre a corrupção no esporte, com favorecimentos a este ou aquele time/seleção.

Uma solução seria adotar, paralelamente ao árbitro de vídeo, regras como: limitar o pedido de revisão de jogadas polêmicas em dois ou três desafios a cada tempo de jogo para ambos os times, como ocorre nos demais esportes. Em outras jogadas, que seriam bem mais fáceis de lidar, a decisão da arbitragem seguiria soberana; outra ideia seria parar o tempo quando a bola não estivesse em jogo, ou seja, o cronômetro só andaria com o jogo valendo - nem que para isso o total fosse diminuído de 90 para 80 minutos, por exemplo. Claro que estas são apenas algumas sugestões, mas é fundamental que isso seja debatido a sério e botado em prática o mais rápido possível.

Já perdemos muito tempo e o futebol clama por mais transparência. Ele já foi enlameado demais por aqueles que lucram em cima da paixão dos torcedores. Está na hora de um jogo mais limpo, que não coloque resultados em dúvida. Se você, como eu, tem profunda admiração pela era romântica do futebol, certamente concorda comigo. Ser romântico é ser verdadeiro. Sendo assim, é preciso abrir a mente e abraçar a modernização.

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