Ana Clara e Meio Amargo juntos de novo

Eles são amigos de anos, compõem juntos e já lançaram um single juntos – “Zelda”, de 2015. As trajetórias de Ana Clara e Lucas Padilha se afinam em sensibilidades que conversam e se complementam. Por que então não levar essa troca que sempre deu certo nos bastidores para o palco? Eles fizeram isso, e em setembro deste ano estrearam em São Paulo um show conjunto, com o projeto musical de Lucas, o Meio Amargo. É este show que eles mostram esta quinta em Belém, na Casa do Fauno, com alguns acréscimos no repertório.

Moldado para o clima das festas de fim de ano, o show tem cara de encontro de amigos e de confraternização. “Além do formato em si, também por isso será um show mais intimista, com o público mais perto da gente e do próprio universo das canções. Vai ser emocionante pra nós”, diz Lucas, que atualmente mora em São Paulo e reencontra a parceira.

O show mescla composições dos dois, já conhecidas do público que acompanha o trabalho autoral de ambos. No caso de Ana Clara, muito do que está no EP “Canções de Depois” (2014) e no álbum “Ana Clara” (2015), lançados pelo selo Discosaoleo, em que coexistem uma suavidade pop e guitarras distorcidas. Enquanto o Meio Amargo chega com suas dores e amores embaladas em melodias assobiáveis, registradas no álbum “Tudo o que Dissemos que Não Era” (2017) e em dois EPs anteriores. Com arranjos de voz, violão e microkorg, eles mostram também versões para músicas alheias.

Estão no repertório faixas gravadas por ela, como “Prumar” (Estêvão Bertoni) e “Polaroid Sem Cor” (Toni Soares e Mariano Klautau Filho), e canções do Meio Amargo, como “The Johnny Depp Song” e “Pra Nós Ddois”. Eles também mostram a inédita “Ruído Branco”, parceria da dupla que está em pré-produção para ser lançada como single em 2019, continuando a colaboração que em 2017 e 2018 rendeu uma série de seis vídeos nas redes sociais e até um canal específico para os projetos conjuntos. E com a promessa de mais por aí. “Agora estamos alimentando um plano de longo prazo, que é fazer um álbum juntando as coisas que a gente já tem”, antecipa Ana Clara.

(Diário do Pará)