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MÚSICA

Maíra Azevedo, Tia Má, participa de bate papo com fãs em Belém

“Dizer que a violência contra a mulher é cultural não encerra a questão. Isso deve mudar. Temos que buscar uma cultura mais humana e fraterna”, diz Maíra Azevedo, a Tia Má, ciberativista negra e feminista que pela primeira vez virá a Belém para participar

“Dizer que a violência contra a mulher é cultural não encerra a questão. Isso deve mudar. Temos que buscar uma cultura mais humana e fraterna”, diz Maíra Azevedo, a Tia Má, ciberativista negra e feminista que pela primeira vez virá a Belém para participar de um bate-papo, na programação do “Mês das Mulheres”, do Parque Shopping.

A conversa inicia às 17h e será aberta ao público, que poderá fazer perguntas diretamente à youtuber destaque do programa “Encontro”, de Fátima Bernardes.

Em entrevista exclusiva ao Você, Tia Má afirma que é muito simbólica essa primeira visita ao Pará, à região Norte, “sempre vista como distante, retratada de forma diferente do real – assim como o Nordeste, muito estereotipado”, diz ela, que é baiana. “Eu me sinto mais que honrada em conhecer essas realidades diferentes, das mulheres do Norte, Nordeste e Sudeste”, ela completa.

Uma das mais populares vozes negras da mídia e da web no Brasil atualmente, Tia Má também aborda assuntos como a diversidade religiosa, a autoestima dos corpos fora dos padrões, o combate à homofobia e ao machismo, tudo isso com uma linguagem leve e bem-humorada que são a marca da sua narrativa. Ela considera fundamental que seu alcance se amplie e conquiste novos espaços, sobretudo no contexto atual de violência e extermínio de mulheres que são ativistas sociais.

Então fica óbvio que o bate-papo também deve passar pela recente perda da vereadora Marielle Franco. “Agora, Marielle está ainda mais viva em toda mulher, toda pessoa imbuída do espírito da justiça, de transformar o país numa sociedade fraterna e igualitária”, comenta.

Foto: Roberto Abreu/Divulgação

P Você vem para um bate-papo direcionado às mulheres. O que é essencial que se diga a elas?

R Primeiro, falar de se apoderar da gente mesma. Do jeito que as pessoas costumam falar, parece que o empoderamento chega do nada, mas ele é se colocar em todos os lugares, fazer o que se quer fazer, ser a dona de casa se você quiser, mas saber que você pode ser também a engenheira, a cantora, pode ocupar todos os espaços e ter autonomia. Tudo isso, trabalhado dia a dia, todos os dias. Também dizer que você tem que desenvolver amor-próprio e que você não precisa estar atrelada a uma relação para ser feliz. Nós podemos ser responsáveis pela nossa felicidade.

P Quem são essas pessoas que acompanham você nas redes sociais? O que elas buscam em você?

R A maioria delas vem pela questão da identificação, de se sentirem representadas. Preta, gorda, nordestina, sou a cara da maioria, falando sobre autoestima, empoderamento, de se livrar de relacionamento que não faz bem para a gente.

P Como foi para você esse enfrentamento diário até se tornar de certa forma uma liderança, uma porta-voz de outras mulheres?

R Isso de fato é uma descoberta. Você vai percebendo que pode ocupar determinados espaços que nunca tentou. Depois de tanta decepção, não queria mais passar por elas. Não quero qualquer coisa, não aceito ser tratada de qualquer forma e ali fui me descobrindo.

P Você consegue falar sobre estes assuntos na TV, assuntos antes restritos às redes sociais, onde você começou. Como vê esse novo cenário?

R É uma conquista coletiva. A partir do momento que as pessoas se dedicam a assistir a alguém como eu em um canal, a ouvir o que estão falando, a mídia tradicional começa a pautar também. Se eu estou hoje na TV, é porque as pessoas incorporaram meu discurso, que o que falo é o que as pessoas querem ouvir. Estou lá porque pessoas querem me ouvir.

(Laís Azevedo/Diário do Pará)

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