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MÚSICA

Fechado com Kondzilla, MC Loro é atração em Vigia

O funk, que já vem dominando festas e programações de rádio do país, também ganhou um espaço bem maior neste Carnaval. Se o ritmo nasceu nas comunidades do Rio de Janeiro, o Pará agora tem seu representante, MC Loro, de 29 anos, que já deu o start em uma

O funk, que já vem dominando festas e programações de rádio do país, também ganhou um espaço bem maior neste Carnaval. Se o ritmo nasceu nas comunidades do Rio de Janeiro, o Pará agora tem seu representante, MC Loro, de 29 anos, que já deu o start em uma carreira internacional e fechou parceria com o canal Kondzilla no Youtube. Ele é a grande atração do bloco Canto do Galo, que sai hoje às ruas de Vigia, tendo também a Banda Pirô.

“Nosso carnaval está sendo de agenda lotada. Já passamos por algumas cidades como Macapá, Marapanim, Abaetetuba e Santa Maria, e agora Vigia”, lista o MC, que vê no próprio formato do funk uma explicação para o sucesso. “O funk não só é o mais tocado atualmente, como é um ritmo que está sempre se atualizando, inovando, entrando na mistura com outros ritmos, com sertanejo, pagode, forró”.

MC Loro começou a carreira como baterista e percussionista. “O funk era uma brincadeira, um pequeno baile que fazia no meio do show com a minha banda e acabou dando certo”, conta.

O músico passou por várias bandas, montadas por ele mesmo, e quando descobriu o funk também decidiu se dedicar a uma carreira solo.

O início foi com a cabeça de quem realmente queria se destacar. Em outubro de 2013, ele embarcou para o Rio de Janeiro para conhecer os bailes funks, a raiz do ritmo, aprender com os cantores cariocas. “Rimar foi uma das coisas que aprendi muito por lá. Eu não tinha noção de rima, peguei as dicas deles, mas também tenho parceria com eles”, conta.

A estratégia de aprender com os melhores não poderia dar frutos melhores. No final de 2017, o paraense fez uma turnê passando pelas cidades de Amsterdã (Holanda), Berlim (Alemanha), Paris (França), Zurique (Suíça) e Bruxelas (Bélgica), se destacando internacionalmente. “Valeu muito a experiência de conhecer outros países, outras culturas, lidar com um público completamente diferente. E mesmo lá o funk é muito associado ao Rio de Janeiro, então quando eu dizia que era da região amazônica, eles se surpreendiam. E me senti feliz de representar o Norte lá”.

Na volta, um novo passo na carreira que realmente o ajudará em sua principal meta para 2018 - tornar-se um MC reconhecido em todo o país. “Eu assinei a gravação de três músicas em parceria com o Kondzilla, o maior canal de funk do mundo”, orgulha-se. O primeiro single lançado pelo canal foi “Tô Precisando Ficar Solteiro”, no início deste mês. A faixa, que tem letra de MC Loro e produção de DJ Douglinhas, foi gravada em São Paulo. “Ela é o meu hit para o carnaval e até agora tem sido ótimo!”, comemora MC Loro.

Mais de 30 shows por mês

Um dos próximos passos de MC Loro será a gravação de um videoclipe. A conversa com o grupo carioca Kondzilla já está alinhada. Ele lançará mais duas músicas neste primeiro semestre - “Novinha que Delícia” e “Tem Quem Queira”. Aquela que tiver maior repercussão terá o primeiro videoclipe do artista gravado e veiculado pelo canal. “Gravar um bom videoclipe demanda um investimento, e você sabe que na região onde vivemos a cultura não recebe nem 1% do poder público. Desde o início da minha carreira eu tive que aprender a ser empresário, produtor, assessor, tudo (risos). Hoje tenho uma equipe bacana trabalhando comigo, subo ao palco com dançarinos profissionais, acompanhado do DJ T.H., que solta as batidas ao vivo”, diz ele.

Ao menos, com o pouco que tinha para investir, MC Loro foi certeiro. Das viagens para o Rio de Janeiro e São Paulo, durante o processo de pré-produção das novas músicas, ele conseguiu estreitar a parceria com artistas de destaque no funk, entre eles, MC Duduzinho, que tem torcido e apostado no sucesso do funkeiro paraense. Além dele, Catra, Pocahontas e Guimê já demonstraram publicamente suas torcidas por Loro. No Pará, ele conta que mesmo o apoio de outros artistas foi difícil. “Sofri preconceito por cantar funk. Na época, não tinha MC paraense no mercado. Até que dei a volta por cima, mostrei que fazia um trabalho sério. Funk não é só palavrão. Eu sou formado em Educação Física, larguei tudo para viver do funk, e hoje vivo só de shows – são mais de 30 por mês. Em uma noite, chego a fazer quatro”, revela.

Ainda sem nenhum funk em parceria com as aparelhagens, grandes comandantes das noites de festa no Pará, ele conta que já recebeu algumas propostas. “As aparelhagens sempre me abraçaram, colocam minhas músicas para tocar, mas ainda não tenho uma música dedicada a elas, e estou pensando nas propostas para gravar uma música com uma delas”, adianta. Por enquanto, sua grande ansiedade é pelo carnaval de Vigia. “Um show de cada vez. O carnaval de Vigia é levado muito a sério, os brincantes vão mesmo fantasiados, curtem do início ao fim. E é um povo hospitaleiro, que adora receber os turistas. Eu vou fazer o carnaval lá pela segunda vez e estou muito feliz”, finaliza.

(Lais Azevedo/Diário do Pará)

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