São as 24 horas de um dia que passa em Belém, cujas horas são sonorizadas por momentos”, explica Rosana Rodrigues, sobre o filme “Som das Horas - O Tempo Sonorizado na Existência de um Dia que Passa”, que estreia hoje, na tela do Cine Olympia, às 18h15.
Com roteiro e direção de Rosana, o filme tem duração de 15 minutos e surgiu da experiência dela ao circular pela cidade e perceber alguns desses sons. “Algumas horas são bem específicas e sonorizadas, como a ‘A Voz do Brasil’ (programa gerado pela Rádio Nacional e de execução obrigatória para todas as rádios). Toca ‘O Guarani’ e todo mundo sabe que já são 19h. O som do nascimento é o choro e o da morte é o sino da entrada do cemitério”, diz ela, que é radialista e locutora da Rádio Cultura há 33 anos .
Um feirante descansa...
Ourives trabalhando...
A chuva certeira...
O rádio que acampanha, tudo isso está no filme que segue Belém através dos sons (Fotos: Divulgação)
Mas não foi assim tão fácil tirar o projeto do papel: demorou exatos 10 anos. Por falta de apoio, Rosana achou até que nem conseguiria filmar a ideia que tinha em mente, mesmo com respaldo de leis de incentivo. “Em 2008 eu consegui a aprovação do projeto na Lei Municipal Tó Teixeira e bati de porta em porta, mas ninguém acreditou no projeto”, conta Rosana.
Por conta disso, ela resolveu custear o trabalho e gastou em torno de R$ 6,5 mil. Contou com a parceria do jornalista Guilherme Urner, que assina a direção de fotografia. “É uma emoção indescritível (finalizar o filme). Estou tão feliz que não caibo em mim”, diz ela.
Este é o segundo filme. O primeiro foi “São Brás – O Complexo da História”, documentário premiado na 3ª Mostra Pará Cine Brasil.
(Aline Rodrigues/Diário do Pará)
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