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Exposição reabre até domingo para últimas visitações no Museu do Estado do Pará

A pedido do público, a exposição “Saramago – os pontos e a vista” será reaberta hoje, 12, para sua última semana de visitação. A mostra de circulação nacional esteve fechada por uma semana, após problemas estruturais no Museu do Estado do Pará (MEP). Em p

A pedido do público, a exposição “Saramago – os pontos e a vista” será reaberta hoje, 12, para sua última semana de visitação. A mostra de circulação nacional esteve fechada por uma semana, após problemas estruturais no Museu do Estado do Pará (MEP). Em parceria com o Corpo de Bombeiros e a Universidade Federal do Pará (UFPA), a Secretaria de Estado de Cultura (Secult) anunciou que uma série de adaptações técnicas foram realizadas para permitir o acesso de forma segura ao ambiente expositivo e, assim, cumprir o ciclo previsto para a exposição, até o próximo domingo, 17.

A decisão de interditar o museu e fechar a exposição duas semanas antes de seu encerramento oficial, se deu logo após o desabamento do forro de argamassa no Salão Pompeiano, o que também levou a fissuras no hall de entrada do prédio, no último dia 25. Na ocasião, o laudo do Corpo de Bombeiros, solicitado pelo Sistema Integrado de Museus (SIM), considerou o prédio inapto à visitação.

De acordo com Armando Sobral, diretor do SIM, o Corpo de Bombeiros está acompanhando todo o processo de reabertura da exposição e estará presente no prédio nos horários de visitação. “Houve uma grande demanda do público pela reabertura, então entramos em contato com os Bombeiros para fazer uma vistoria e atender à necessidade de adaptação. Atendemos a todas as exigências técnicas, como a compra de novos extintores, sinalização de rotas de fuga e a instalação de luzes de emergência. Além disso, a mostra terá a presença permanente de dois brigadistas e do corpo técnico da Secult para dar orientação ao fluxo de visitantes”, detalha o diretor.

Apenas o circuito da exposição, que ocupa salas do térreo, estará aberto ao acesso do público. Os demais ambientes continuam fechados. Outra boa notícia é que a mostra não precisou perder nada de seu conteúdo. “A exposição volta por inteiro, apenas muda o fluxo dela, com a entrada ocorrendo pela lateral e não pelo hall de entrada, que permanece interditado. Haverá também um controle maior de acesso das pessoas (número de visitantes por vez)”, esclarece Armando. Com curadoria de Marcello Dantas e produção de vídeos de Miguel Gonçalves Mendes, a exposição se baseia no uso inédito de um rico acervo de materiais audiovisuais, criando uma vivência singular do ponto de vista de José Saramago em primeira pessoa.

Apresentando dimensões diferentes de Saramago, a exposição leva o público a compreender melhor o autor português, popularmente conhecido por suas opiniões polêmicas, explícitas em suas criações literárias, com um interesse pelo mundo e pelo ser humano. Mais do que a obra ou a biografia, a exposição apresenta a trajetória de vida de Saramago, mesmo antes de se tornar escritor, pois exerceu diversas atividades que o permitiram experimentar a vida e acumular perspectivas a partir de diferentes pontos de vista. Os vídeos trazem de relatos da vida a opiniões sobre temas como amor, vida, morte e escrita.

Assim como nos livros do autor, cada visitante viverá uma experiência imaginativa única, na qual realidade e literatura se mesclam e fazem cada um repensar o seu papel no mundo. A exposição em Belém integra ainda o calendário oficial de celebração dos 20 anos de atribuição do Prêmio Nobel de Literatura a José Saramago, com eventos organizados pela Fundação José Saramago em parceria com entidades públicas e privadas, em Portugal e outros países.

Reforma é bem vinda e necessária

Relatório foi produtivo sobre ascondiçoes do Museu do Estado e de outros prédios históricos para que sejam feitos os reparos exigidos. Foto: Celso Rodrigues

Projetado pelo arquiteto bolonhês Antônio Landi, o Palácio Lauro Sodré começou a ser construído em 1762. Passou a abrigar o Museu do Estado há 24 anos, abrigando atualmente, também, a reserva técnica do SIM, o maior acervo artístico do Pará. A última reforma ocorreu em 2008. Parte do forro do Salão Pompeano desabou em 2012, tendo sido feito apenas um reparo paliativo. Em dezembro de 2016, um laudo emitido pelo Iphan apontou que havia infiltrações em alguns pontos e que o restante do forro do salão estava escorado por peças de madeira, sem a recuperação necessária.

O incidente no mês passado causou a destruição de um mobiliário histórico onde Paes de Carvalho declarou a adesão do Pará à República, em 1889, e serviu de grande alerta para o atual governo, como foi noticiado pelo DIÁRIO no último domingo. Segundo, o diretor do SIM, Armando Sobral, um grande relatório foi desenvolvido para saber a situação dos museus e memoriais da capital, o que apontou que tanto no MEP como em outros grandes prédios históricos, como o que abriga o Museu de Arte Sacra, há problemas de manutenção, sucateamento de equipamentos e sistemas de prevenção e combate a incêndios, obras mal planejadas ou inacabadas, assim como a ausência de uma política e plano museológicos.

Atualmente, a equipe do SIM trabalha para que cada caso seja resolvido o quanto antes. “O que não podemos é permitir que esses espaços fechem”, declarou o diretor Armando Sobral. Atualmente, além do MEP, outro espaço que passa por reformas e está fechado ao público é o museu da Casa das Onze Janelas – ele está com previsão de reabertura até maio, já com agenda prevista. Quanto ao MEP, ainda não há previsão de reabertura.

(Lais Azevedo/Diário do Pará)

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