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Paraense vai representar o Brasil em mundial de break na Suíça

O Brasil terá uma representante paraense no mundial do Red Bull BC One, na Suíça. A b-girl Mayara Colin, 22 anos, nascida e criada no bairro da Terra Firme, em Belém, faturou a seletiva nacional em São Paulo, onde competiu com mais de 30 garotas de todo o

O Brasil terá uma representante paraense no mundial do Red Bull BC One, na Suíça. A b-girl Mayara Colin, 22 anos, nascida e criada no bairro da Terra Firme, em Belém, faturou a seletiva nacional em São Paulo, onde competiu com mais de 30 garotas de todo o país e se consagrou após derrotar a mineira Nathana Venâncio.

A apresentação da paraense, chamada na competição de Mini Japa, e de todas as outras b-girls, foi avaliada por experientes dançarinos, como os b-boys Aranha e Pelezinho (membro do seleto grupo Red Bull BC One All Stars), e a b-girl FabGirl, grande talento do breakdance nacional.

A dançarina paraense se dedica há mais de oito anos aos movimentos e acrobacias da dança de rua e atualmente faz parte da Crew Amazon, um celeiro de talentos da dança no Norte do país, da qual também faz parte o b-boy Leony Pinheiro, tricampeão brasileiro do Red Bull BC One.

“Foi maravilhoso vencer porque tu vens de longe e sair daqui é muito complicado. No Pará só eu resisto, sou a única b-girl paraense e o cenário é muito masculino. Chegar lá e ganhar é muito louco, não sei nem como te explicar a emoção que senti”, diz Mayara.

O interesse pela dança surgiu ainda na escola pública Manoela de Freitas, em São Brás, onde passou a treinar com os amigos. Mas não pense que foi fácil: ela teve que enfrentar o preconceito e todas as dificuldades do cenário de uma dança onde os homens predominam.

Segundo ela conta, as competições para as mulheres são raras e quando acontecem, trazem premiação simbólicas para as mulheres enquanto os b-boys recebem prêmios em dinheiro. Mas a Mini Japa acredita que aos poucos a mulherada está provando que, mesmo com diferentes tipos físicos, é capaz de competir de igual para igual.

“Tem competição em que a premiação é de R$ 500 para os b-boys e para as b-girls querem dar somente camisa e boné, sendo que gastamos com roupas, sapatos e passagens para treinar igual aos meninos”, desabafa ela.

Treinando seis horas por semana e querendo dar o seu melhor, a b-girl revela que está tranquila e focada para a competição em setembro na Suíça. “Estou me preparando aqui e quando eu estiver lá, quero fazer um bom trabalho”.

A dançarina Mayara Collin, a Mini Japa, levará o nome do Pará à Suíça em setembro (Foto: Divulgação)

Gafieira

Quem também fez bonito representando o Pará foi o casal de dançarinos Rullien Polizeli e Alinne Moreira, da Companhia Cabanos, que apresentou a coreografia “Pequena Notável”, ao som de “Tico-Tico no Fubá”, na competição Latin Open Brasil, em São Paulo, de onde saíram campeões na categoria samba de gafieira.

“Foi uma grande vitória, porque ali estávamos representando Belém e a Cabanos. Pra gente que é de fora e que tem uma despesa maior, é gratificante”, diz Alinne sobre o gostinho da vitória.

A competição surgiu da necessidade dos organizadores, Carine Morais e Rafael Barros, octacampeão mundial de salsa, oferecerem oportunidade de crescimento das danças de salão no âmbito competitivo e ainda para exportação de novos talentos e formação de futuros campeões mundiais através de intercâmbios com profissionais da área. Este ano, além dos ritmos zouk, bachata e da salsa, a organização incluiu o samba de gafieira, consagrando o casal paraense já na primeira competição do ritmo.

Escolhidos pela melhor coreografia, o casal faturou o prêmio em dinheiro de R$ 2 mil, troféu e a confirmação de participação no evento no ano que vem, desta vez como professores.

(Aline Rodrigues/Diário do Pará)

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