Ainda que com uma agenda de celebridade, é na forma casual como se relaciona com a gastronomia que a paraense Clarisse Duarte acabou conquistando fãs nas redes sociais e decidiu compartilhar com eles as novas etapas que virão pós “MasterChef Brasil”. Eliminada do programa no início do mês de maio, por causa de um “filé au poivre” muito apimentado, ela estreia no Youtube com “Sou Clarisse”, canal onde troca receitas, conversa com amigos sobre planos na carreira e onde em breve mostra um tour pelo Ver-o-Peso, onde andou aproveitando o último feriado. O interesse pela cozinha vem desde criança, vendo a avó cozinhar, e foi posto em prática quando se mudou para São Paulo há 11 anos. “Eu frequentava os lugares, lia sobre, só não me preocupava tanto com técnica. Isso é uma coisa pela qual estou começando a me interessar agora”, diz ela em entrevista ao Você, no centro histórico de Belém, seu lugar favorito na cidade. E não tem comida que não seja bem-vinda. “Eu sou zero critério”, brinca. Entre as preferidas, estão os pratos típicos. “Pode ser comida típica nordestina e pode ser comida típica coreana. E é uma coisa que eu gosto de São Paulo, lá você tem todas essas possibilidades”, afirma a jovem. Em resumo, Clarisse gosta de comida com história. “Sim, que tenha essa carga”, diz ela. Em São Paulo, um de seus lugares favoritos é o Rinconcito Peruano, restaurante de um imigrante peruano que começou vencendo ceviche em uma portinha no centro e hoje tem vários pontos pela cidade, onde emprega outros imigrantes. “Esse é o tipo de comida que eu gosto. Mais do que uma ‘alta gastronomia’, que eu chamo de ‘comida de pinça’, toda certinha. Eu respeito, gosto, mas não me encanta, não é o que me apaixona”, comenta. Fascinada por tudo o que envolve comida, ela conta que também está entre suas atividades favoritas ir à feira, assim como ter o seu próprio pé de tomate. “Tem uma feira perto da minha casa aos sábados onde vou sempre. Meu passatempo sempre foi ir ao supermercado. Ia a restaurante e cozinhava sempre que dava. Como eu trabalhava de 12 a 15 horas por dia, nem sempre dava para cozinhar”, conta ela, sobre a vida antes do reality. “Acho que no fundo eu sempre soube que a cozinha podia virar profissão, mas, talvez, por uma insegurança, nunca dei muita bola para isso”, revela. Formada em Moda, ela trabalhava como relações públicas de grandes marcas de luxo, mas já se sentia um pouco infeliz na profissão quando foi demitida e apostou em uma viagem sabática para recomeçar a vida. “Durante a viagem eu descobri que queria trabalhar com algo que eu sentisse que de fato tocava as pessoas e que esse caminho era a cozinha. Eu não sabia exatamente o que eu ia fazer, até porque eu não me via nessa coisa da cozinha comercial. Para mim, a culinária estava muito ligada ao afetivo”, explica. O desembarque foi direto em Belém, após dois anos sem vir para o Norte. Foram os amigos paraenses que a convenceram a se inscrever no “Masterchef”. “Eu nunca achei que ia dar em nada. Fui fazendo teste atrás de teste e quando eu vi, estava lá, com a Ana Paula Padrão”, conta. A experiência do programa comprovou que o caminho era a comida. “Eu era muito feliz na cozinha! Eu amava! Mesmo com a pressão, mesmo sendo difícil. Tinha gravação por horas e horas, mas a hora da cozinha, ter todos aqueles utensílios, ingredientes, eu amava!”, exalta. Querendo ter ali um feedback sobre suas habilidades, ainda assim ela conta que não estava nem um pouco preparada para o lado competitivo do “Masterchef”. “A parte de ser julgada era a parte que eu não gostava (risos). Porque para mim sempre foi muito emocional. Quando cozinhava eu colocava um pedaço meu no prato e você saber que isso está sendo julgado, algo como ‘talvez isso não seja bom o suficiente’. Óbvio que tinha o lado bom, eu entrei também querendo ouvir a opinião deles”, afirma.
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