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Fotógrafo paraense Reinaldo Silva Jr lança livro que percorre 35 anos de trabalho autoral

Foram seis anos para desenvolver o projeto de “Luz”, nome simples que agrega em si toda a essência da arte contida nele: a fotografia. Com curadoria de Cleide Borsoi, e prefácios de Salomão Laredo e do português Augusto Cabrita, o livro traz um pouco da p

Foram seis anos para desenvolver o projeto de “Luz”, nome simples que agrega em si toda a essência da arte contida nele: a fotografia. Com curadoria de Cleide Borsoi, e prefácios de Salomão Laredo e do português Augusto Cabrita, o livro traz um pouco da produção artística do fotógrafo paraense Reinaldo Silva Jr. em seus 35 anos de carreira. O lançamento ocorre hoje, às 17h, na Livraria da Fox. O evento tem entrada franca e algumas ações promocionais para os primeiros apreciadores da obra.

Conhecido por seu trabalho com a fotografia mais comercial, ligada a agências e projetos específicos, Reinaldo conta que, paralelo a isso, acabou formando um acervo com cerca de 500 imagens espontâneas ou “autorais”, como ele sugere. “A realidade da fotografia comercial mudou muito nos últimos anos, muitas agências já não contratam profissionais, usam muito do photoshop ao invés de investir na habilidade do fotógrafo, o que me levou mais para o lado da fotografia artística, da cultura, mas acrescentando algo novo”.

Capa de “Luz”, edição de autor de Reinaldo Silva Jr. (Foto: Reinaldo Silva Jr)

O novo foi seu olhar experiente e sensível a um bom clique, algo que nem todo aparato tecnológico pode apenas reproduzir. “Nossa compreensão sobre a fotografia residia no segredo do laboratório, na relação entre diafragma e tempo. Isso era tão importante que qualquer fotografia que a gente apresentava tinha referência a isso. Hoje ninguém quer saber mais”, comenta.

Na contramão da facilidade dos dias de hoje, Reinaldo Silva escolheu o processo mais longo e, para ele, recompensador: fez seu livro todo com fotografias analógicas.

Cleide Borsoi, esposa de Reinaldo, tomou para si a curadoria desse material. “São interessantes as ligações que ela viu entre as imagens, algo que eu, como quem fez as fotografias, talvez não conseguisse enxergar”, diz o fotógrafo.

O olhar de Cleide faz, por exemplo, conexões entre Belém, em um Círio de Nazaré, e o Marrocos, em imagens onde as pessoas carregam um rosário - de um lado o católico, de outro o islâmico -, de cenas de mulheres do Nordeste e da Amazônia.

O registro do toureiro em “Ronda”. (Foto: Reinaldo Silva Jr.)

Nas nuances do preto e branco

O preto e branco também é uma característica que compõe a essência da reunião fotográfica do livro “Luz”, o que em parte pode ser justificado pelo lado arquiteto de Reinaldo Silva Jr. “Existe um grafismo do preto e branco. A imagem se aprofunda no desenho. Acho que é por isso que fotógrafo gosta tanto dele e também porque sou arquiteto”, considera o artista.

Para agregar ainda mais à publicação, os três textos que abrem o livro são fundamentais, para entender o trabalho, entende Reinaldo. Primeiro, suas palavras, na Introdução, passeiam pela história e importância da luz. “Ela é a matéria-prima de todo fotógrafo”, afirma ele, que em uma pesquisa que durou cerca de seis meses, passeou por várias questões em torno da luz.

“Eu tive mais trabalho em escrever a introdução do livro que em fazer as imagens, que saíram espontaneamente ao longo da minha vida (risos), mas o texto é mesmo algo complexo. A nossa língua já é muito complexa. Mas acredito que consegui passar ali, de forma primorosa, um pouco dessa importância da luz”, comenta Reinaldo.

Mas não foi assim que a inspiração para o nome livro chegou, e sim pelas palavras do fotógrafo e cineasta português Augusto Cabrita. Assim como o escritor Salomão Laredo, agrega ao livro ainda mais pensamentos e reflexões acerca daquelas imagens. “Ele fala em uma ‘luz amansada’, e isso me inspirou na nomeação do álbum. É um texto pequeno, mas muito significativo, em que coloca essas fotografias como um trabalho muito pessoal, que fala da minha vida, e realmente é assim”, diz Reinaldo.


(Lais Azevedo/Diário do Pará)

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